Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Economia Japonesa Cresce no Exterior

13 de janeiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

O editorial publicado pelo The Nikkei Weekly reconhece as dificuldades japonesas para crescimento econômico interno no Japão e reconhece a viabilidade e necessidade do crescimento de muitas das suas empresas no exterior, passando a se sustentar com os rendimentos que elas proporcionam. Reconhece que este é um momento crucial para a economia japonesa, não vendo outra saída no atual mundo globalizado. A redução demográfica e o envelhecimento de sua população determinam a redução do seu mercado interno, forçando que suas empresas procurem atividades rentáveis em outras partes do mundo.

O editorial recomenda que o governo japonês auxilie neste processo inevitável. Olhando para o passado, o ano de 2011, a revista reconhece as dificuldades por que passaram, tanto com os problemas no Nordeste do país e até com as inundações na Tailândia que reduziram a produção japonesa, além da restrição do fornecimento de energia no país.

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O editorial coloca que há que se preocupar também com o desaquecimento que está havendo na economia global, criando problemas para economias como a japonesa que dependem de suas exportações. Mas coloca que tais problemas devem catalisar as empresas nos esforços positivos de globalização.

A posição da revista informa, com casos concretos como o da Komatsu, que a expansão no exterior acaba provocando o aumento do emprego no próprio Japão. Com a expansão de suas oito bases no exterior, na última década, a empresa acabou admitindo mais 40% de funcionários no país. Segundo o relatório anual do governo sobre a Economia e Finanças Públicas, as empresas que aumentaram suas atividades no exterior tiveram um ritmo de crescimento do dobro daquelas que não o fizeram, afirma o editorial.

Reconhecem que os resultados obtidos no exterior injetam uma espécie de adrenalina nas atividades internas, o que leva a sugerir ao governo medidas de estímulo a este processo. Em 2011, tais empresas conseguiram no exterior cerca de US$ 13 bilhões em dividendos, três vezes mais que há 10 anos passados.

Os investimentos japoneses, segundo os dados da Thomson Reuters dos Estados Unidos, somaram mais de US$ 68 bilhões em 2011, com fusões e incorporações no exterior. Os alvos principais foram a China, a Índia e os países emergentes, com fortes expectativas de crescimento.

O Japão, segundo o FMI, quando comparado com os Estados Unidos ou o Reino Unido, os investimentos diretos no exterior com seus rendimentos representam cerca de 70% daqueles dois países. O editorial recomenda que elas imitem a IBM, que conta com 70% dos seus 430 mil funcionários no exterior.

Muitas empresas japonesas, como a Panasonic, já aumentaram a contratação de pessoal no exterior, inclusive para utilizá-lo no Japão. O editorial recomenda que este tipo de modelagem global seria o caminho para muitas das suas empresas. Usando os dados do International Management Development (IMD) da Suíça, no ranking de competitividade colocou o Japão atrás de 59 economias, mostrando que não estão se empenhando para criar um ambiente de crescimento dos novos negócios.

As recentes medidas de Zonas Especiais no Japão são adequadas para ajudar neste processo, reconhece o editorial, sendo que a Volvo já se prepara para utilizar estes incentivos. Na realidade, a economia japonesa, segundo a opinião da revista, precisa se tornar “global”.



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