Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Cobertura do The Economist Sobre a China

27 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , ,

Por melhor que seja qualquer órgão de comunicação social, e o The Economist é considerado dos melhores, sempre existem vieses ideológicos impossíveis de serem neutralizados. Mas eles decidiram que é hora de incluir semanalmente um tópico especial para a China como fazem com os Estados Unidos. E num artigo excepcional constante do seu blog, reconhecem os graves erros do passado honroso dos 170 anos.

Como os que agravaram a Rebelião dos Boxers, quando em julho de 1900 os jornais da época, inclusive a revista The Economist, noticiaram que as autoridades chinesas “assassinaram todos os embaixadores de todas as potências que tinham representantes em Pequim, com suas mulheres, secretárias, intérpretes e guardas”. Isto que revoltou o mundo não aconteceu, depois de 55 dias de cerco das áreas de extraterritoriedade que o Reino Unido, a França e o Japão tinham na China, que começou na Guerra do Ópio (1839). O movimento foi liderado pelo Daily Mail, o Times e o The Economist, todos de Londres.

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Não há dúvidas que existem muitos problemas na China que o mundo gostaria ver eliminados, como também ocorrem nos Estados Unidos, no Reino Unido ou no Japão. Mas, além da longa história, cultura e dimensão populacional, econômica e militar, o seu recente desenvolvimento despertou o interesse mundial sobre este país. Todos dependem das importações e dos financiamentos chineses, e muitos necessitam dos produtos fornecidos por eles, independentemente da ideologia que lá prevalece.

O artigo do The Economist faz um longo apanhado histórico do seu relacionamento com a China, que ao longo da história da revista passou por mudanças radicais. Deste a queda da Dinastia Qing, o período que antecedeu a Segunda Guerra Mundial, a ascensão de Mao Zedong, os problemas relacionados com Hong Kong, as aberturas do Deng Xioping, quando abriram o Bureau em Beijing, até os dias de hoje. Muitos dos seus dirigentes importantes tiveram um papel relevante neste longo relacionamento.

Ao lado de erros como na Revolta dos Boxers, o The Economist pensa que, mesmo com toda a arrogância britânica, vieram fazendo o melhor para cobrir os principais acontecimentos na China. Agora, com a decisão do estabelecimento de uma seção permanente na revista, deve se elevar de qualidade, com o uso de uma equipe de especialistas dos quais o Reino Unido conta com abundância com sua tradição metropolitana. Além de jornalistas que fazem com que muitos considerem a revista uma das melhores disponíveis no mundo atual, com análises de profundidade.



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