Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Contrapontos Americanos às Relações com a China

13 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , , ,

book-articleInlineUm artigo publicado no The New York Times por Stephen R.Platt, um historiador da Universidade de Massachusetts e autor do livro “Autumn in the Heavenly Kingdom: China, the West, and the Epic Story of the Taiping Civil War” (tradução Google “Outono no Reino Celestial: China, o Ocidente e a história épica da Guerra Civil Taping”, fornece um contraponto à próxima visita de Xi Jinping aos Estados Unidos.

Os norte-americanos que se contrapõem à intensificação do intercâmbio com a China costumam enfatizar os problemas da falta de cuidados com os direitos humanos e as corrupções existentes naquele país. No caso deste autor, ele sublinha a falta de comemoração do centenário da queda da Dinastia Qing em 1912 pelo atual Partido Comunista Chinês, que seria o grande divisor de água para a moderna China de hoje, história da qual ele é especialista.

O autor entende que o clima político na China atual é tenso com a transição para a presidência de Xi Jinping, que considera com um vice-presidente não testado, mesmo com o curriculum que ele possui. Ele escreve que existe uma grande inquietação no meio rural chinês como a 100 anos passados, que se refletiu na revolta que ele denomina Rebelião Taiping, contra a corrupção vigente, quando morreram cerca de 20 milhões de pessoas.

A China, como uma espécie de confederação de diferentes etnias sempre apresentou problemas de lutas internas, naquele caso entre os cantoneses e os hakkas, que também envolviam problemas religiosos. Muitas destas histórias acabaram recebendo interpretações diferentes no tempo, e, segundo o autor, hoje as autoridades chinesas procuram suprimir rapidamente tanto as que apresentam reivindicações separatistas quanto os problemas religiosos.

Sempre os números envolvidos nas dificuldades chinesas são gigantescos, e o Ocidente pouco conhece sobre estas histórias. Mas, segundo o autor, o senador John McCain teria chamado à atenção sobre a possibilidade da chegada da Primavera Árabe à China, que ele próprio considera exagerada.

Com o seu conhecimento histórico, o autor se refere que a Grã-Bretanha se envolveu no assunto, pois a China lhe era importante do ponto de vista de mercado (como observador na Guerra do Ópio), pois eles tinham perdido no norte-americano.

O autor se pergunta se com a atual situação da economia dos Estados Unidos não se estariam sendo condescendentes com os problemas dos direitos humanos e a corrupção dos chineses?

Sem desejar provocar uma polêmica, quem tem telhado de vidro não pode se vangloriar muito, pois os Estados Unidos também enfrentam problemas como os de Guantánamo e não estão em condições de cortarem os privilégios do setor financeiro.



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