Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Existem Mais Diferenças Que Semelhanças

15 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , , , ,

Muitos eleitores devem ficar assustados com as diferenças e franquezas das discussões que estão sendo travadas entre os norte-americanos e chineses nesta visita do vice-presidente Xi Jinping aos Estados Unidos. Além dos problemas econômicos e de comércio, as questões segurança na Ásia e no Pacífico mostram que existem pontos de vistas muito diferentes entre as duas potências mundiais, como está estampado em todos os veículos de comunicação relevantes no mundo. Algumas questões são explicitadas, outras acabam ocorrendo nos bastidores.

Estas diferenças não se restringem aos dois países, mas é generalizado tanto no Ocidente como no Oriente, num período em que todos enfrentam terríveis limitações. Os problemas foram se agravando no tempo, com uma permissividade tanto no aspecto econômico-comercial quanto na área política-segurança, com todas as autoridades fingindo que eles não existiam ou não afetavam os seus países.

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Todos se beneficiaram da globalização econômica que veio ocorrendo nas últimas décadas, uns mais e outros menos. Uma grande massa de populações em variadas partes do mundo que não se beneficiava do mercado passou a fazer parte do mesmo, quer como fornecedores de mão-de-obra, produtores de alguns bens como seus consumidores, na forma final ou intermediária.

Novas tecnologias foram incorporadas, aumentando a eficiência do trabalho humano, mais informações foram transmitidas tanto dos países orientais quanto ocidentais para todo o mundo. No entanto, quando ocorrem fases de ajustamentos como os que estão em evolução no momento, suas dificuldades acabam sendo maiores, gerando climas adversos uns contra outros.

Ainda que todos tenham necessidades recíprocas, os ajustamentos demandam tempo, e, com a ocorrência de eventos políticos, as dificuldades acabam sendo atribuídas para os países estrangeiros, agravando as tensões relacionadas com a segurança na medida em que haja movimentos do aumento de forças ou de alianças, como o expresso por Geof. Deu no artigo publicado no Financial Times, sobre a defesa dos Estados Unidos de sua estratégia militar na Ásia.

Ainda que os orçamentos de todos estejam limitados com as necessidades de ajustamento para patamares realísticos, os discursos tendem a elevar o nível de agressividade, para atender as pressões internas. As limitações físicas existentes não permitem que muitas promessas agora explicitadas possam ser cumpridas, mas as questões acabam animando sentimentos nacionalistas, principalmente quando sacrifícios substanciais necessitam ser feitos.

O ruído provocado por todos os problemas são significativos e acabam realimentando animosidades que em nada ajudam a acomodar as diferenças. Mesmo compreendendo racionalmente o que está acontecendo, os sentimentos de antagonismo acabam sendo exacerbados, com a ajuda dos meios de comunicação que acabam estampando as manchetes mais chamativas.

E sempre existem indústrias interessadas em abocanhar uma porção mais significativa dos orçamentos para atender as suas produções.



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