Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Consumo de Café dos Diversos Tipos na China

13 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

O empresário Horácio Sabino Coimbra, fundador da Cacique de Café Solúvel, foi o pioneiro brasileiro que visitou a China antes do restabelecimento das relações diplomáticas do Brasil com aquele país em 1976. Impressionado com a China, ele afirmava que se cada chinês tomasse uma xícara de café por dia o Brasil estaria salvo. Num artigo publicado pelo China Daily, o jornalista Gan Tian informa que, entre 1950 a 1970, a bebida era considerada um “produto capitalista”, e informa que hoje está mais popular que nunca.

O artigo informa que até 1970, o café só era encontrado no Beijing Diaoyutai State Guest House e Shanghai Peace Hotel utilizados pelos diplomatas estrangeiros. Foi na década de 1980 que o café solúvel se tornou conhecido, rompendo o mito que os consumidores de chá tivessem dificuldade com o consumo do café. E na década de 1990 que a Starbuck chegou à China, começando a popularizar o seu consumo, tendo os estudantes chineses adquiridos o hábito no exterior.

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Bolan Coffee Academy. Foto: China Daily

Depois, segundo o artigo, em 2007 chegou a Nespresso, com butiques de café. Desde aquela época, foram se multiplicando os estabelecimentos que servem cafés finos, com muitos chineses se sofisticando em seus consumos. Existe até uma The China Coffee Association de Beijing, uma organização oficial que promove o consumo da bebida.

Hoje, até a China produz café nas províncias de Yunnan e Hainan, sendo uma atividade que já está grande e continua ainda crescendo. Muitos sabores são experimentados, com os frutados, florados, chocolatados e com os perfumes de avelãs.

Como todos os números chineses são astronômicos, o número de chineses envolvidos nas atividades cafeeiras está estimado em 10 milhões de pessoas, e a China International Coffee Industry Expo atrai anualmente mais de 50.000 visitantes desde 2005.

Como é sabido que o Vietnã já é o segundo produtor de café no mundo, e se os brasileiros e demais latino-americanos não abrirem os olhos acabarão sendo superados pelos asiáticos, tanto em quantidade como em qualidade.



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