Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

The Diplomat Sobre a Ansiedade na Diplomacia Chinesa

25 de abril de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , ,

imagesCAQ8BBVKOs que acompanham assuntos relacionados com o Pacífico e a Ásia consideram que no The Diplomat, que mantém uma revista e um site, é onde se encontram os artigos com análises mais abalizadas. Publicou no último dia 19 de abril um artigo de Mu Chunshan, tratando da ansiedade que afeta uma parte da diplomacia chinesa, que está crescentemente frustrada. Seus líderes devem adotar uma linha mais dura ou suave?, perguntam-se. Não há dúvidas que estão prestando mais atenções às questões diplomáticas, com a discussão destes assuntos proliferando pelas mídias sociais.

Houve um ataque a dois navios chineses no rio Mekong, no Vietnã, que resultou na morte de 13 membros da tripulação no ano passado. Há uma discussão online se a diplomacia chinesa na região falhou. Os culpados não foram localizados e os ataques lembram os chineses sobre as situações tensas no sudeste asiático. Há preocupações sobre a Birmânia, hoje mais conhecida como Myanmar, Filipinas e Vietnã, sendo que a construção de uma controvertida hidroelétrica sino-birmanesa, que foi suspensa, podendo desencadear outras semelhantes, levando muitos a se perguntarem o que vai acontecer no futuro.

sudeste-asia

A questão mais importante foi a exploração do petróleo e gás no Mar da China Meridional que levou a expulsão dos pescadores chineses pelos vietnamitas e filipinos, que provocaram protestos da China, mas considerados demasiadamente leves por alguns críticos. É evidente que a diplomacia necessita ser pragmática, mas todos entendem que depois da transferência do poder para Xi Jinping haverá até a possibilidade do emprego da força em alguns casos, numa natural escalada de pressões.

O aumento do uso da internet faz com que a diplomacia se torne mais transparente em determinadas linhas, mas muitos constatam que entre os principais parceiros da China estão o Irã, Coreia do Norte, Cuba e a Síria, vistos por muitos como perigosos. Ainda que Rússia e China sejam ostensivamente aliadas, muitos chineses entendem que elas falharam na diplomacia com os pontos de vista público na questão das violências na Síria.

Os aperfeiçoamentos na política externa da China demandam tempo, e enquanto isto não madurece resta a ansiedade, que amplia as preocupações no resto do mundo.



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