Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Valor Econômico Informa Sobre o Uso do Automóvel na China

11 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , ,

Marli Olmos é uma experiente jornalista com longa tradição nos assuntos relacionados com a indústria automobilística em todo o mundo. Acaba de publicar um artigo no suplemento Eu & Fim de Semana do Valor Econômico em função de uma viagem a convite da empresa chinesa Chevy que está se instalando no Brasil, com a primeira fábrica fora da China. Além de conhecer a exposição feita em Pequim, teve a oportunidade de visitar as instalações industriais em Wuhu a 1.200 quilômetros da capital, bem como Xangai, para observar o atual trânsito naquela metrópole. Ela analisa pontos importantes para a avaliação do estágio em que se encontram, mostrando que do ponto de vista industrial se aproximam do que se faz no resto do mundo, com alguns aspectos mais avançados do que o do Brasil, bem como com problemas de trânsito comparáveis aos brasileiros de 20 anos atrás.

As linhas de montagem da Chevy contam com um exército de robôs e procuram aprender com modelos de outras empresas como o Audi, abertamente. Mas contam com laboratórios de “crash test” como os que não se encontram no Brasil para verificar os impactos e os efeitos simulados sobre os seus ocupantes. Como todos sabem, a China já ultrapassou os Estados Unidos na produção de veículos e vai continuar a ampliar as suas produções com novas instalações de grupos chineses e estrangeiros.

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Trânsito infernal na China

O artigo informa que os motoristas chineses não procuram evitar o bloqueio dos cruzamentos, havendo uma grande confusão de veículos, como bicicletas com os automóveis, e uso abusivo das buzinas. Os problemas de trânsito são terríveis, mesmo nas grandes avenidas, e mais complicadas nas áreas secundárias das grandes cidades.

Marli Olmos observa que os chineses ainda são atraídos pelos grandes veículos utilitários, vistosos, como muitos que se notam em São Paulo, que ao lado dos luxuosos demonstram que seus proprietários estão ascendendo do ponto de vista econômico. Mas convivem com veículos simples como bicicletas, que são adaptadas para outros usos.

Há algumas décadas, o número de automóveis era limitado na China enquanto havia um verdadeiro enxame de bicicletas ocupando as amplas avenidas como a de Pequim. Hoje, o quadro mudou drasticamente, mas ainda passam por um período de transição, pois existem muitos chineses em situações modestas.

O sonho de um grande número de consumidores chineses é contar com os benefícios que lhes são proporcionados pelo processo de desenvolvimento por que passam, mesmo com uma pequena desaceleração. Mas resolver simultaneamente todos os seus problemas sempre é difícil. E as desigualdades ainda persistem, pois a China é gigantesca, a sua população a maior do mundo, e ainda necessita superar muitas das suas limitações. O relevante é que estão resolvendo alguns, e acabam criando outros novos, como é da natureza do desenvolvimento.

As preocupações sobre a sustentabilidade, que existe no resto do mundo, não é observada ainda na exposição de Pequim, como a produção de carros elétricos, ainda que na Expo Shanghai 2010 tenham utilizados ônibus deste tipo para transporte interno dos visitantes.



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