Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Os Chineses e a Economia de Mercado Livre

17 de julho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

Em artigo publicado no The New York Times, Catherine Rampell se surpreende com o resultado obtido por uma pesquisa de opinião feita recentemente pela famosa Pew Resarch Center, que costuma fazer levantamentos sobre diversos assuntos em todas as partes do mundo. Chegou-se à conclusão que três quartos dos chineses que muitos consideram ainda comunistas concordam com a afirmativa que muitas pessoas estão melhores numa economia de livre mercado, ainda que algumas pessoas sejam ricas e algumas pobres. Numa pesquisa efetuada em 2010, o resultado era de 74%, não fazendo diferença com a opinião dos norte-americanos, pois existem margens de erros, e estas pesquisas são rigorosas.

A jornalista interpreta que pode haver alguns problemas de tradução, ainda que a pergunta tenha sido formulada em mandarim e 15 outros dialetos chineses. O significado de mercado livre pode ser ligeiramente diferente, mas, admitindo-se que a tradução é boa, a autora explica que a regulação governamental da economia na China vem melhorando desde 1970.

Pew-Research-Center-Logo

A jornalista interpreta que esta opinião dos chineses pode estar ligada a melhoria recente de seu padrão de vida, ainda que a renda per capita seja ainda muito diferente da dos Estados Unidos. Atualmente, 83% dos chineses disseram que a situação econômica está muito boa ou razoavelmente boa, enquanto entre os norte-americanos somente 31% dão esta avaliação.

Ela observa que 7 entre 10 pessoas na China como no Brasil dizem que estão melhor financeiramente hoje, quando comparado com 5 anos antes. Nos Estados Unidos, somente 1 entre 4 possuem este sentimento.

Os cidadãos nos países pobres, mas que estão melhorando rapidamente, se aproximam do que chamam de sonho americano: estão melhores que seus pais estavam. A autora interpreta que isto acontece e é importante, pois mantém a perspectiva da manutenção do desenvolvimento econômico no mundo.

Segundo ela, a China é gigantesca, uma economia em rápido crescimento, e ambos estes fatos excitam os chineses e aterrorizam os americanos. Mas esta colocação ignora que a China tem um longo caminho para aproximar-se do padrão de vida que hoje os Estados Unidos e outros países ricos já gozam.



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