Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Toyota Produzirá Motores dos seus Automóveis no Brasil

8 de agosto de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

O jornal econômico japonês Nikkei ­– Nihon Kenzai Shimbun, na sua edição matutina do Japão de hoje, anuncia que, além do início da produção do subcompacto Etios no próximo mês, a Toyota prepara-se para produzir os motores no Brasil, de forma que 85% dos seus componentes dos modelos Etios e Corolla sejam produzidos no país. Quando conversei com um diretor-superintendente técnico no Japão há muitos anos, quando ainda produziam somente o famoso “jeep” Bandeirantes, utilizando motores fornecidos pela Mercedes Benz, ele me informava que somente poderia pensar em novos modelos se os motores fossem seus. Dizia ele: “É muito difícil projetar um carro em cima do coração dos outros”.

Até o momento, os modelos montados pela Toyota no Brasil contavam com motores produzidos no Japão. Com a nova planta projetada para 2015, eles pretendem produzir veículos que utilizam gasolinas que contenham um percentual variável de etanol, e apenas gasolina voltada para outros países emergentes. Atualmente, as caminhonetes Hilux são importadas da Argentina, e em outubro próximo desejam iniciar a venda do híbrido (gasolina e elétrico) Prius, segundo este jornal japonês que conta com um correspondente no Brasil para cobrar a América do Sul.

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Apesar do Brasil se tornar o quarto mercado de automóveis no mundo, a participação da Toyota neste segmento é de somente 2%, e começam a se preparar para competir com as rivais europeias e norte-americanas.

O artigo anuncia que as concessionárias da Toyota que hoje somam apenas 134 deverão ser elevadas para cerca de 150 até o final do próximo ano. Isto mostra que estão cautelosos, mas pretendem ser um crescimento firme, e estão se preparando cuidadosamente para tanto. No passado, seus veículos ficaram famosos por necessitarem de poucos serviços após a venda, bem como a sua durabilidade. Parece que mantêm a mesma orientação, apesar das mudanças que estão se observando no mundo, com modelos menos custosos e com maior rotatividade.

De qualquer forma, a produção do total de suas linhas ainda não atinge os 400.000 veículos/ano, considerada pela matriz como a mínima que pode proporcionar a escala ótima para as suas plantas. Mas tudo indica que estão procurando se ajustar às necessidades de subcompactos e exigências de maior nacionalização dos seus componentes, o que pode ser interessante, aumentando a concorrência no Brasil.



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