Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Uniqlo Num Artigo do Wall Street Journal

31 de agosto de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , , , | 2 Comentários »

O Valor Econômico reproduz em português um artigo escrito por Seth Stevenson para o The Wall Street Jounal sobre os planos da Uniqlo. Tendo entrevistado por videoconferência Tadashi Yanai, o fundador e presidente da Uniqlo que se expande pelo mundo, com planos ambiciosos para os Estados Unidos, o autor do artigo apresenta as intenções desta rede de produtos de consumo de massa, que pretende chegar entre as primeiras do setor no mundo, sem se prender aos tecidos de fibras naturais como o algodão.

O presidente Tadashi Yanai informa que, baseado nos seus produtos de alta tecnologia, o chamado Heattech que aquece o corpo no inverno e o Airism que refresca no verão, com preços competitivos e modelos usuais, procura alcançar os consumidores de massa, que não procuram se diferenciar com vestuários da alta moda, comparando-se com os eletrônicos que atendem as necessidades de uma ampla gama de consumidores. Para tanto, usa a expressão “made for all”.

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Tadashi Yanai

Seus produtos eram confeccionados na China, utilizando os recursos humanos mais baratos, mas agora também em outros países do Sudeste Asiático cujos custos salariais são mais competitivos. Ainda que tenha crescido de forma impressionante no Japão, e venha procurando outros alvos pelo hemisfério norte, tenta adaptar-se às diferenças das estações do ano, começando pelos países que se localizam mais próximas da linha do equador, como nas Filipinas, Cingapura e Malásia. Pretende chegar ao Hemisfério Sul, visando grandes mercados como o do Brasil e da Austrália.

Como trabalham com produtos que dependem da moda anual, os resultados que conseguiram no primeiro semestre de 2012 não foram positivos, mas continuam com planos agressivos. Alguns analistas temem que a rede dependa fortemente da personalidade do seu criador e principal executivo, Tadashi Yanai, que até introduziu uma nova forma de instalação de suas lojas, algumas de grandes dimensões. Tudo indica que a organização depende fortemente de sua liderança, não se sabendo o que ocorrerá quando ele não puder mais estar no seu comando.

A rede procura ter um custo relativamente baixo, trabalhando com grandes quantidades. Em alguns mercados, os consumidores procuram se vestir de forma diferenciada dos padrões comuns. Na medida em que vão se ampliando as redes das lojas, ainda que haja um sistema de treinamento do seu pessoal de atendimento, dentro de padrões como as dos japoneses, sempre parece difícil multiplicar a mesma filosofia em outros mercados.

No entanto, certamente continuará tendo uma parcela significativa do mercado que poderá ser atendido por estes produtos, como já existe em outras redes internacionais com as quais está concorrendo.


2 Comentários para “Uniqlo Num Artigo do Wall Street Journal”

  1. Juliana Gomes (Rio de Janeiro)
    1  escreveu às 19:28 em 31 de agosto de 2012:

    Desejo que a Fast Retailing (UNIQLO) invista o mais breve possível no Brasil .

  2. Paulo Yokota
    2  escreveu às 10:41 em 1 de setembro de 2012:

    Cara Juliana Gomes,

    Obrigado pelo uso do site. Concordo consigo que seria desejável que a Uniqlo fizesse seus investimentos no Brasil com a urgência possível. Mas, o mundo ainda está com um crescimento modesto, e todos estão mais cautelosos, mas há esperanças que providências estão sendo tomadas.

    Paulo Yokota


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