Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

A Cachaça e a Caipirinha Brasileiras

24 de setembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

No suplemento da Folha de S.Paulo de hoje, que inclui artigos publicados no The New York Times, um artigo de Robert Simonson informa que a cachaça brasileira está sendo incluída em muitos coquetéis consumidos pelos norte-americanos. Com o aumento do interesse pelo Brasil diante das próximas Copa do Mundo e Olimpíadas, e as pressões dos produtores brasileiros, as autoridades dos Estados Unidos iniciaram o processo do reconhecimento da cachaça brasileira, que até o momento era rotulado como “Brazilian rum”.

Ainda que em outros países a cachaça brasileira venha ganhando mercado, sendo mais conhecida no consumo na forma de caipirinha, que utiliza o limão com um pouco de açúcar, os norte-americanos a estão utilizando nos variados coquetéis que misturam com outras bebidas e frutas, como estão mais habituados. As grandes organizações do país que trabalham com outras bebidas esforçam-se para aproveitar a onda atual de interesse pelo Brasil. É o caso da Diageo, gigantesco conglomerado que está atrás da marca Ypioca, informa o artigo.

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O artigo obteve opiniões em diversos estabelecimentos norte-americanos conhecidos pelos seus coquetéis. Os especialistas informam que a cachaça deve dissociar-se da fama que é uma bebida destilada que só é utilizada para um drinque. Difundiu-se o hábito dos chamados “tiki bars” que servem variados drinques utilizando produtos que eram considerados exóticos.

Em alguns estabelecimentos, a cachaça está sendo misturada com ingredientes provenientes de variadas regiões do mundo, como num conhecido como Lani Kai, no bairro do Soho em Nova Iorque. Outros estabelecimentos de Manhattan acabam utilizando a cachaça de variadas formas, alguns mais sofisticados, outros mais simples. Os barmen dos Estados Unidos são extremamente criativos na criação de novos drinques que, ganhando fama, passam a ser de consumo generalizado. Muitos estão incluindo drinques que usam a cachaça nos seus cardápios.

A percepção daqueles norte-americanos que não conhecem o Brasil é que a cachaça é um tipo de combustível para foguetes, e são mais bem aceitos com seus teores alcoólicos suavizados em coquetéis.

Também existe certo desconhecimento dos variados tipos de cachaça, alguns deles envelhecidos em tonéis como de outras bebidas, como o bourbon. O atual interesse está disseminando novos conhecimentos, que podem ser servidos como a margarita, mais voltada para as estações quentes como o verão.

O fato concreto é que as alternativas são muitas, dependendo dos hábitos de cada região ou país. Como a cachaça está sendo exportada para todo o mundo, tudo indica que vale a pena alguns esforços para disseminar suas variadas formas de consumo, dependendo dos hábitos dos consumidores, que necessitam ser respeitados.

As agências governamentais existentes para a divulgação do Brasil poderiam efetuar esforços adicionais para esta promoção, que pode proporcionar divisas extras, bem como aumento do emprego no país.



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