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Financial Times Escreve Sobre Maria das Graças Foster

8 de outubro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , ,

No artigo de Samantha Pearson, publicado no Financial Times, consta um pouco da vida da Maria das Graças Foster, atualmente presidente da Petrobras. Mas refere-se a sua adolescência modesta na favela, como se fora um roteiro de cinema, pois teve que recolher latas de outras sucatas para poder comprar os livros escolares. Escreveu cartas para migrantes analfabetos e outros biscates para ajudar a família, fugindo do caminho dos traficantes. Chegou ao atual posto depois de acumular títulos como bacharel em ciências, engenharia química, mestrado em engenharia química, pós-graduada em engenharia nuclear e MBA em economia, como muitos dos 40 milhões que saíram da pobreza na última década durante o governo do ainda popular Luiz Inácio Lula da Silva.

Mas o artigo afirma que ela não deseja nenhuma piedade, revelando que teve uma infância feliz, não havendo necessidade de superação dos obstáculos para se obter o sucesso. Funcionária de carreira da Petrobras conhece os seus problemas, e é casada com Colin Vaugham Foster, inglês, que também trabalha na empresa. No seu gabinete, que tem uma vista linda do Rio de Janeiro, fica com a foto da presidente Dilma Rousseff que a escolheu para o cargo.

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A presidente Dilma Rousseff e presidente da Petrobras Graça Foster

O artigo explica que a Petrobras passa por um período difícil, com suas ações em baixa, principalmente porque vem colaborando com o governo na manutenção de uma inflação baixa, contendo o aumento dos combustíveis.

Na entrevista, revela francamente alguns dos seus defeitos, como a impaciência para ouvir sobre alguns problemas que já conhece, sua obstinação falando até rude com alguns dos seus auxiliares, que criou a sua imagem de se tratar de uma personalidade de difícil trato.

Ainda que seja uma funcionária da Petrobras, a vida que teve criada na favela ensinou-lhe as dificuldades que precisam ser enfrentadas, que a ajudam a tratar de problemas difíceis. Os planos atuais da empresa são duros e não provocam sorrisos dos seus funcionários, pois exigem contenções para gerar os recursos para os investimentos.

Admite francamente a transparência das dificuldades, como as que levaram a estatal a registrar grandes prejuízos, eliminando dos seus balanços os investimentos que não proporcionaram resultados. É extremamente leal com a presidente Dilma Rousseff, que a retribui com elevada confiança.

Mas também tem seu lado humano, como a admiração pelos Beatles, afirmando que os ama. Com a experiência adquirida ao longo de sua carreira, ela não é fácil de ser enganada, tendo um conhecimento enciclopédico da empresa, entendendo os seus intrincados relacionamentos no seu funcionamento.

A íntegra do artigo, em inglês, pode ser acessado entrando em http://www.ft.com/intl/cms/s/0/9fc83078-0ecf-11e2-9343-00144feabdc0.html#axzz28jREJB7M



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