Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

The Economist Indica as Dificuldades da Índia

1 de outubro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

Nos tempos atuais, todos os países têm os seus problemas, pois sem um crescimento vigoroso da economia mundial não se conta mais com o vento de cauda que poderia ajudar os diversos países. The Economist, com sua posição liberal, dedica a edição desta semana para uma análise mais profunda dos problemas dos indianos. Afirma que com Mahtma Gandhi e Jawaharial Nehru, a Índia conquistou a sua independência e regime democrático, mas manteve para a sua bilionária população um crescimento econômico muito modesto. Sem contar com um regime autoritário ou fortes líderes religiosos, está numa fase de mudanças, mas que exigem reformas que não estão sendo feitas, mesmo depois que Manmohan Singh, então ministro das finanças, começou liberalizar a sua economia.

A revista considera que Manmohan Singh, ainda que um bom economista, não é um grande líder político capaz de fazer com que os políticos indianos efetuem as reformas necessárias. O governo continuou detendo diversos setores, mantendo regulamentações que não foram capazes de estimular fortemente investimentos externos, ao mesmo tempo em que alguns grandes grupos locais cresceram, sem beneficiar a massa dos trabalhadores, persistindo a corrupção. Os serviços, como de saúde e educação, não conseguiram melhorar, e o atual crescimento voltou a ser novamente modesto.

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Manmohan Singh

A revista afirma que entre os economistas há um consenso que é preciso reformas, mas os políticos resistem à ideia. Todos percebem que haverá grandes problemas, mas não existe uma forte liderança na atual Índia capaz de mobilizar o país para efetuar as reformas. A democracia algumas vezes acaba criando estes problemas anda que alguns países tenham conseguido superá-las.

A revista aponta que em outras épocas isto ocorreu como nos Estados Unidos, mas na Índia as dinastias Nehru-Gandhi não foram capazes de entusiasmar a população, como aconteceu com Sonia Gahdhi e o seu filho Rahul.

Como o seu povo está impregnado pelas ideias pacifistas deixadas por Gandhi, ao mesmo tempo em que a religiosidade indiana é marcante, segundo a revista, somente o lançamento de um grande plano para o futuro, capaz de galvanizar a todos, poderia conduzir o país para um patamar mais ousado. Parece fácil apontar esta necessidade, mas como conseguir este intento é um outro problema.



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