Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Mercado Internacional de Equipamentos para Smart-City

23 de novembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

Um artigo publicado no jornal japonês Nikkei informa que a empresa japonesa de pesquisas Fuji Keizai detectou que o mercado do Japão para inovadores equipamentos destinado à economia de energia e produtos que dão suporte para o chamado smart cities está em rápido crescimento, prevendo que até 2020 deva crescer cerca de 160%. Os problemas energéticos japoneses estão induzindo a estas inovações, pois a energia mais limpa e barata acaba sendo a economizada.

Segundo o artigo, a demanda de veículos amigos da ecologia e a infraestrutura para estes transportes devem expandir 290%, com autos híbridos e elétricos estimados para crescer cerca de 560%. Como o problema do custo de energia não se restringe ao Japão, ainda que seja mais grave naquele país, imagina-se que as tecnologias desenvolvidas pelos japoneses possam ser vendidas, de formas competitivas, para muitos mercados. Evidentemente que terão que competir com os já estabelecidos no mercado, como a IBM e a Siemens, mas a escala do mercado interno japonês pode permitir a sua competitividade. No Brasil, mesmo contando ainda com recursos renováveis, as tarifas relacionadas à energia tendem a elevar-se.

IBM-2

São variados os sistemas, indo desde aqueles utilizados numa residência ou numa empresa até os que abrangem uma cidade inteira, mas as informações é que os japoneses estão bastante avançados no uso em muitas cidades do seu país.

Nas áreas relacionadas com as energias limpas também o mercado japonês parece apresentar uma demanda crescente. Estima-se que este mercado deva crescer cerca de 140%. Os sistemas de armazenagem destas energias devem utilizar baterias como a de litium, estimando-se que cresçam 220% somente no Japão. Seria uma base muito importante para a expansão de suas atividades para o exterior, inclusive em parceria como grupos locais, como no Brasil. O melhor litium parece ser o da Bolívia e já estando sendo estudado pelas agências governamentais japonesas. A instalação de indústrias destas baterias no Brasil utilizando esta matéria-prima aparenta ser viável.

Os equipamentos destinados à medida dos consumos realizados devem acompanhar o crescimento deste mercado. A Fuji Keizai estima que o mercado global até 2020 deva crescer em torno de 120%, que é um percentual extremamente atrativo.



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