Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Suplemento da Folha de S.Paulo Sobre o G2

5 de novembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , , ,

Já tratamos do assunto das mudanças de comando na China e a eleição nos Estados Unidos neste site. A Folha de S.Paulo publica neste domingo um Suplemento Especial G2 tratando das eleições americanas e da transição chinesa, consideradas fatos cruciais para o futuro das relações bilaterais dos dois países, atualmente os mais importantes do mundo. A economia norte-americana é ainda mais avançada que a chinesa, mas o ritmo do crescimento recente da China vem aumentando sua importância internacional, e a adequada compreensão do que está ocorrendo nestes dois países, e nos seus relacionamentos bilaterais, mesmo com as desconfianças recíprocas, são de importância fundamental para todos. Todos estes assuntos estão sendo abordados de forma bastante didática.

Raul Juste Lores, jornalista da Folha de S.Paulo, atualmente correspondente em Nova Iorque e que já exerceu as mesmas funções em Pequim, apresenta um quadro didático de como se organiza o comando político nos Estados Unidos e na China, bem como o processo pelo qual são escolhidos os seus dirigentes. O processo norte-americano é democrático, mas complexo, decorrente de sua tradição federativa, podendo ocorrer que o candidato que receba mais votos populares não tenha mais representantes dos Estados, que possuem sistemas eleitorais diferentes. Na China, a estrutura do poder depende do Partido Comunista Chinês, que tem cerca de 80 milhões de membros, contando com uma complexa estrutura para escolha do Congresso Nacional, do Comitê Central, sendo que o poder de fato se concentra no Politburo e no Comitê Permanente do Politburo, que conta com 9 membros chaves. Nos próximos dias, deve ser indicado como secretário-geral do Partido Xi Jinping, para ser confirmado no início do próximo ano presidente. As acirradas disputas dos bastidores nem sempre são totalmente compreensíveis mesmo até para os bons analistas da política chinesa.

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Barack Obama               Mitt Romney                   Hu Jintao                       Xi Jinping

As muitas pesquisas que se processam nos Estados Unidos informam que existe um equilíbrio entre o atual presidente Barack Obama, candidato à reeleição, e Mitt Romney, o republicano desafiante. Os artigos dos principais colunistas da Folha de S.Paulo, tanto sobre os Estados Unidos e o mundo como a China, constam do suplemento, mostrando que, apesar do maior peso dos norte-americanos, eles são obrigados a partilhar com os chineses a influência mundial, havendo necessidade de uma convivência razoável.

O assunto é tão relevante que o número de estudantes americanos que estão na China já chega a 15 mil, sendo que outros 10 mil estão se preparando para se qualificarem em mandarim. Da parte dos chineses, 150 mil estudam nas universidades americanas. Estão aumentando os estudos recíprocos sobre os países envolvidos, bem como os estabelecimentos de alianças com outros países.

Em ambos os países, as recentes dificuldades econômicas influem de forma decisiva, exigindo reformulações importantes nas suas políticas. Os Estados Unidos procuram aumentar a sua competitividade internacional, e depender menos da importação de energia. A China fomenta o seu mercado interno para depender menos de suas exportações. Estas mudanças afetam muitos interesses internos, e as desigualdades existentes precisam ser reduzidas.

Tudo isto afeta o resto do mundo, inclusive o Brasil, que ainda mantém um apreciável volume de transações com ambos os países, não somente como mercado consumidor de suas exportações como investimentos que necessitam fazer. Ainda que haja algumas desacelerações, ambos os países representam uma parcela importante no mundo, tanto diretamente como pelas suas influências internacionais.

Estes assuntos todos estão sendo apresentados por estudos de profundidade nos principais meios de comunicação. A Folha de S.Paulo apresenta um bom resumo das principais discussões, de forma que seus leitores possam aquilatar a importância das mesmas, contando com um bom quadro de referência.



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