Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

The Economist Destaca Economia Mexicana

28 de novembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , ,

Tudo indica que o México tornou-se uma das economias mais atrativas atualmente para os investimentos diretos estrangeiros. Depois de afetado com a crise financeira de 2007 e 2008, beneficiando-se da ligeira recuperação da economia dos Estados Unidos e tirando partido de sua participação no Nafta – Acordo de Livre Comércio da América do Norte, hoje sua produção industrial é até mais competitiva que a chinesa, cujos custos de mão de obra estão se elevando. Como os seus transportes para aquele mercado são curtos, ainda que seus salários médios continuem acima dos chineses, muitas empresas preferem fazer os investimentos no México, que conta novamente com um presidente eleito pelo PRI – Partido Revolucionário Institucional que ficou alguns anos fora do poder, Enrique Peña Nieto.

Tendo ganhado a concorrência para o fornecimento de automóveis para a cidade de Nova Iorque, a Nissan criou uma nova fábrica no México para produzir estes veículos. Muitos países procuram estabelecer sistemas de livre comércio com ele, o que deveria ser uma lição também para o Brasil. Muitos produtos de empresas internacionais procuram localizar-se em território mexicano, de forma que suas exportações chegam a nivelar-se ao do resto da América Latina, segundo o artigo do The Economist relativo à economia na edição especial sobre aquele país.

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Existem ainda alguns problemas como os relacionados com as migrações para os Estados Unidos, bem como o controle das drogas, mas os salários no México continuam atrativos para os investidores estrangeiros. A vantagem mais marcante com relação à China acaba sendo o tempo de transporte para o mercado americano, segundo a revista. Tudo indica que o volume de importação norte-americano do México deve superar o atual da China.

Comparando-se com os dados brasileiros deste ano, os mexicanos acabam sendo mais favoráveis, principalmente porque a produção de petróleo do México está crescendo, ao lado do seu gás, ainda que existam alguns problemas de tecnologia que provocam desastres, de forma semelhante com o que está ocorrendo com o pré-sal no Brasil.

Também o México tem algumas preocupações nacionalistas, pois a sua proximidade com os Estados Unidos, se de um lado é uma vantagem, acaba aumentando exageradamente a sua dependência com relação ao vizinho mais poderoso. No caso do petróleo, a Pemex acaba exercendo um papel semelhante à Petrobras. As exportações mexicanas para os Estados Unidos representam quatro quintos do total.

Existem também alguns monopólios privados como os de telecomunicações que pertence ao Carlos Slim, considerado o homem mais rico do mundo. Algo semelhante acontece com o cimento e com a televisão. Se o novo governo conseguir superar estas restrições, haverá uma maior chance do país conseguir um crescimento de 6% que ele persegue, segundo o The Economist.



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