Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Organização da Defesa Civil no Brasil

9 de janeiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , ,

Lamentavelmente, os desastres naturais estão se tornando frequentes também no Brasil, com chuvas torrenciais a cada início de verão, afetando áreas frágeis já conhecidas com inundações e deslizamentos. A cada acontecimento dramático, com perdas de vidas e patrimônios, as autoridades e a população são mobilizadas para movimentos voluntários, inclusive com doações generosas de roupas e alimentos, muitas desperdiçadas. Em muitos países, estas defesas civis são mais organizadas para o atendimento eficiente e não eventual dos flagelados.

No Japão, onde os terremotos são frequentes, existem treinamentos regulares da população para enfrentar estas calamidades, ainda que algumas sejam excepcionais diante da sua escala. Mas os danos procuram ser minimizados, com cuidados que procuram não agravá-los. O governo japonês já se ofereceu a transferir as tecnologias destas assistências, sem que isto despertasse um interesse maior das autoridades brasileiras.

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Enchentes e deslizamentos na região de Petrópolis há dois anos

Em alguns países, como nos Estados Unidos, diante dos constantes incêndios e tufões, a Guarda Nacional está preparada para um deslocamento rápido para as regiões atingidas, ainda que muitas perdas sejam inevitáveis. A Cruz Vermelha e outras organizações similares também estão preparadas para muitas eventualidades, ainda que seus serviços nem sempre sejam suficientes.

O que parece possível de ser minimizado é o desperdício das preciosas doações que são feitas pela população, além dos serviços de reparo dos principais dados serem organizados, sem que se resumam as doações oficiais para autoridades que nem sempre fazem bons usos dos recursos limitados, diante da emergência que dispensa licitações normais.

Muitos Estados já contam com parte dos serviços organizados, mas ainda parece que são insignificantes diante das muitas calamidades. Se existem ofertas de outros países para a sua organização, parece que devemos aceitá-las, visando o constante aperfeiçoamento dos serviços a serem prestados.

As doações costumam ser desorganizadas, tanto envolvendo recursos financeiros como alimentos, roupas e outros materiais. Na medida em que não são atividades rotineiras, tanto a sua adequada seleção, transporte, armazenagem como a distribuição não costuma contar com diretrizes claras para o seu melhor aproveitamento.

Tudo indica que um mínimo de organização poderia minorar as dificuldades que sempre serão imprevisíveis, mas estão virando rotina com a constante repetição destes desastres naturais. Uma regulamentação deveria impor um mínimo de cuidado na ocupação do solo, mesmo sendo impopular, como já se conseguiu na Serra do Mar, no Estado de São Paulo. Os reparos de infraestrutura poderiam aproveitar, por exemplo, a capacidade do setor de engenharia do Exército Nacional, que já desenvolve outras atividades semelhantes nas regiões pioneiras, inclusive para o adequado treinamento de suas tropas.

É de se acreditar que existem muitas medidas que, sem muita burocracia, poderiam aproveitar a disposição positiva que o generoso povo brasileiro dispõe, diante das calamidades que atingem a população.



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