Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Um Feliz Artigo Sobre Gastronomia

11 de janeiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Gastronomia, Notícias, webtown | Tags: , ,

Ryan Sutton publicou um curto artigo com rara felicidade no Bloomberg, reproduzido em português no Valor Econômico, fazendo uma descrição sucinta sobre o restaurante Blanca, instalado numa garagem reformada na área de Bushwick, no Brooklyn, em Nova Iorque, portanto fora da área onde se espera encontrar estabelecimentos de elevada qualidade em gastronomia. Um lugar simples e modesto do ponto de vista de instalações, que é apreciado por alguns guias voltados mais para o luxo. Um jantar completo no Blanca compreende 25 pequenos pratos, podendo exigir três horas de degustação, com um preço modesto de cerca de US$ 700 por casal, com tudo incluído, inclusive serviços, quando se avalia os materiais utilizados, acompanhado com os vinhos compatibilizados com os mesmos, que também não são os mais caros.

O crítico considera o estabelecimento o destaque de 2012, cujo jantar costuma começar às 18 horas, às 16h45 nos sábados. Suas 12 banquetas, confortáveis segundo o autor, permitem uma visão completa da cozinha, onde o chef Carlo Mirarchi trabalha com materiais que demonstram o seu conhecimento do que se dispõe de melhor no mundo. O jantar começa com uma grande dose de caviar dourado de nome osetra, da Alemanha, devidamente temperado como se costuma fazer no Japão, com um vinho. Segue-se com um ouriço do mar de Maine, numa piscina de iogurte com rabanete, mostrando que algumas técnicas como as de origem japonesas foram adaptadas, procurando neutralizar o colesterol. As suas sequências mostram muitos frutos do mar como sashimis, arenques, atum vermelho, sardinhas com um tipo específico de limão.

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O chef Carlo Mirarchi e seus pratos no pequeno Blanca

Há também algumas massas, como o agnolottis com pinha, tendo raspas de trufas brancas, ou um ravióli recheado com um tipo de linguiça. E a carne é um wagyu japonês, bem como frango com algas marinhas, além de queijos em sopas de cidra. O sorvete é do tipo italiano, finalizando com uma sobremesa de origem americana, como o marshmallow com temperos como os disponíveis em Istambul.

O autor faz paralelos do Blanca com os mais conhecidos restaurantes de Nova Iorque, como o dispendioso Per Se, ou os mais afamados, como o Le Bernardin, especializado em frutos do mar, os criativos Daniel ou Jean Georges, todas as melhores referências dos que conhecem da mais alta gastronomia mundial em Nova Iorque.

O notável é que esta cozinha aparenta ser uma rica fusão do que dispõe de melhor no mundo em materiais, das mais variadas origens, com uso de frutos do mar tratados com técnicas como as japonesas, muito bem descritas, como pode ser feito num bom texto escrito, dando aos leitores uma noção do que vai se encontrar.

Para os que desejarem, a íntegra do artigo pode se acessar pelo: http://www.valor.com.br/u/2964012



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