Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Um Suplemento do Estadão Sobre o Judô

30 de janeiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , , | 4 Comentários »

Um interessante suplemento especial começou a ser publicado pelo jornal O Estado de S.Paulo para cobrir mensalmente as modalidades olímpicas, começando pelo judô, que tem proporcionado muitas medalhas para o Brasil. Há uma explicação inicial sobre a sua origem no Japão há mais de 2,5 mil anos, deixando claro que tem uma clara filosofia que o inspira, o seja, o “caminho suave”, que está nos ideogramas que permitem a leitura judô. Na realidade, aproveita-se a força do adversário para provocar a sua derrota, tendo uma forma de defesa dos que aparentam serem mais fracos fisicamente. Dô, em japonês, pode ser entendido como uma filosofia.

Explica que foi Jigoro Kano, um grande mestre de artes marciais que criou o próprio estilo na metade do século XIX, criando a queda amortecida e o quimono até hoje utilizados. Foi em 1822 a criação do Kodokan, que conta com um famoso pavilhão em Tóquio, de onde se espalhou pelo mundo, inclusive pelo Brasil. O respeito pelos adversários e todo o ritual, bem como toda a terminologia utilizada continua sendo a japonesa, ainda que o esporte venha se transformando, com o maior emprego da força física.

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O suplemento informa sobre as inovações que estão sendo introduzidas nas disputas olímpicas, que acabam sendo adotadas para todas as demais. A luta aparenta ser rápida para muitos observadores que não entendem todo o esforço que é desenvolvido, bem como a sequência de muitas lutas para se chegar à final, no mesmo dia.

Ainda que sua prática no Brasil tenha se iniciado entre os membros da comunidade nikkei, hoje existem tantas academias, como as listadas e filiadas à Federação Paulista de Judô, bem como as Federações existentes Brasil afora.

Muitos atletas brasileiros se tornaram personalidades conhecidas no Brasil pelos seus destaques nas competições internacionais, e conquistas de títulos importantes, tanto entre os homens como as mulheres.

O primeiro a subir no pódio olímpico foi Chiaki Ishii, naturalizado brasileiro, que ganhou a medalha de bronze em Munique em 1972. Em Londres em 2012, o Brasil conquistou quatro medalhas, uma de ouro com Sarah Menezes na categoria ligeiro, e três bronzes, com Rafael Silva no pesado, Mayra Aguiar no meio-pesado e Felipe Kitadai no ligeiro.

O intercâmbio internacional nesta modalidade esportiva têm sido intensa, destacando-se a com o Japão, onde muitos atletas brasileiros continuam sendo treinados e aperfeiçoados.

Este suplemento especial é imperdível para todos que admiram os esportes, notadamente os que têm uma filosofia, que se destina ao aperfeiçoamento das personalidades daqueles que os praticam, como o judô.


4 Comentários para “Um Suplemento do Estadão Sobre o Judô”

  1. Juliana Gomes
    1  escreveu às 19:39 em 30 de janeiro de 2013:

    A filosofia das artes marciais é belíssima!

  2. Paulo Yokota
    2  escreveu às 09:47 em 31 de janeiro de 2013:

    Cara Juliana Gomes,

    Obrigado pelo comentário. Realmente, a maioria das lutas marciais foram destinadas ao aperfeiçoamento do espírito e da mente que controla as ações físicas. Não se trata da questão da força, mas sempre existem alguns desvios. Voltar para a origem, visando o aperfeçoamentos dos seres humanos, parece uma necesssidade.

    Paulo Yokota

  3. Leila Fraga
    3  escreveu às 15:57 em 1 de fevereiro de 2013:

    Paulo, acho um absurdo estes campeonatos de artes marciais mistas, de UFC etc., que proliferam pelo mundo.

  4. Paulo Yokota
    4  escreveu às 20:52 em 1 de fevereiro de 2013:

    Cara Leila Fraga,

    Obrigado pela sua opinião, mas tenhoa impressão que os provenientes do Japão, que terminam em “do” possuem uma filosofia clara, e não se confundem com os que se baseiam somente a força física.

    Paulo Yokota


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