Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Mitsui Negocia Com a GDF Suez Participação na Jirau

13 de maio de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , ,

Demonstrando que, com a atual desvalorização do yen, os grupos japoneses estão competitivos, o grupo Mitsui adquiriu da francesa GDF Suez, tradicional na geração de energia elétrica, 20% da usina de Jirau, localizada no rio Madeira, a 120 quilômetros de Porto Velho que está sendo construída com o comando da Camargo Correa, com quem, tudo indica, pretendem aprofundar os entendimentos empresariais. A notícia foi publicada pelo jornal econômico japonês Nikkei. O artigo informa que a Mitsui é parceira da GDF Suez em outros projetos de geração de energia elétrica no Canadá, na Europa, no Oriente Médio, na África e na Austrália.

Todos sabem que o potencial hidroelétrico brasileiro ainda restante está na Amazônia, longe dos grandes centros consumidores. A notícia informa que Jirau tem um potencial para 3,75 milhões de quilowatts, que deverá estar pronta em 2015, com sua energia transmitida e distribuída por uma estatal brasileira.

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 Usina de Jirau em construção

O governo brasileiro vem estimulando grupos estrangeiros a ampliarem suas participações nos projetos de infraestrutura do Brasil, e grupos brasileiros como a Camargo Correa possuem potencial para aumentar as parcerias com grupos estrangeiros.

Na medida em que já existem outros projetos hidroelétricos que a Mitsui participa com a GDF Suez em outras partes do mundo, devem ter acumulado experiências, quando os grupos europeus estão tendo menores possibilidades de ampliação dos seus investimentos.

O projeto de Jirau, como muitas usinas do rio Madeira, não possui grandes desníveis, e as 50 turbinas projetadas devem ser instaladas ao longo de 2 quilômetros. A transação ainda não está concluída, esperando-se que a seja no segundo semestre deste ano.

A Mitsui já possui em todo o mundo uma capacidade de geração de 6,69 milhões de quilowatts, que tem termos japoneses é muito, mas ainda não é tão grande pelas cifras brasileiras. Somente Jirau deve representar 19% da capacidade mundial da Mitsui.

De qualquer forma, esta notícia é alvissareira, pois indica que grandes grupos japoneses com longos conhecimentos do Brasil começam a ampliar suas participações em projetos de infraestrutura, em parcerias com grupos brasileiros e estrangeiros, tendendo a operarem na economia global.



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