Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Controvérsias Sobre o Protecionismo Brasileiro

13 de junho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

Lamentavelmente, com a crise que assola o mundo, muitos países estão tomando medidas protecionistas explícitas, como a elevação das tarifas bem como outras disfarçadas. O Brasil vem sendo acusado por alguns deste protecionismo, mas o artigo publicado por Paul Hannon do The Wall Street Journal, e reproduzido hoje em português pelo Valor Econômico, refere-se ao relatório do Global Trade Alert, organização independente que monitora o comércio global. Por este levantamento, que inclui todas as medidas, inclusive as reduções de algumas tarifas que foram efetuadas recentemente, o Brasil é considerado o menos protecionista entre os integrantes do G-20, quando considerado o período de outubro de 2012 a março deste ano.

O estudo informa que a Argentina, dada à emergência que se encontra no momento, é a que tomou as medidas mais protecionistas que vêm comprometendo a sua economia, com muitos parceiros internacionais evitando tomar riscos com ela, pois algumas não se revelam muito racionais. Este subsídio importante deve influenciar os líderes do G-20 que reúne os países mais ricos, inclusive a Rússia, e deverão promover um encontro na próxima semana, segundo o artigo.

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O alvo principal da retaliação, segundo o relatório, é a China que veio aumentando sua exportação para o mundo todo com seus produtos baratos, utilizando os seus grandes recursos humanos, além de fornecer subsídios disfarçados de todas as naturezas.

O G-8 quando se encontrou pela ultima vez, segundo o artigo, prometeu que não tomaria medidas protecionistas, mas na realidade até os desenvolvidos estão tomando medidas restritivas de disfarçadas formas, muitas vezes alegando que são retaliações sobre medidas que afetam suas exportações.

O fato mais importante que vem afetando a competitividade internacional são as desvalorizações cambiais provocadas pelas flexibilidades monetárias adotadas pelos Estados Unidos, mais recentemente pelo Japão e de algumas formas pelos países europeus.

Muitas das medidas precisam ser julgadas no âmbito da OMC – Organização Mundial de Comércio que não conta com agilidade para tanto, fazendo com que diversos países acabem adotando medidas unilaterais. Também os acordos de livre comércio, bilaterais ou envolvendo blocos de nações, acabam excluindo outros para o livre comércio.

No fundo, todos acabam tomando medidas para proteger suas empresas das concorrências que consideram desleais de outros países. Não parece que o panorama tenha perspectiva de melhora, ainda que as declarações políticas sejam sempre neste sentido. Os países mais fortes acabam impondo muitas condições para os mais fracos, numa situação que não parece razoável, e nem vao contribuir no longo prazo para a melhoria do comércio internacional, que poderia ajudar a aumentar a eficiência de todos.



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