Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Estreitamento das Relações Asiáticas com os Estados Unidos

4 de junho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , , ,

Muitos entendem que Nova Iorque continua sendo a capital do mundo sob diversos aspectos, contando com a presença de muitos estrangeiros das mais variadas origens. O que se observa a olho nu é que a presença de orientais, quer seja como turistas nas ruas, nos estabelecimentos comerciais ou restaurantes, estão aumentando sensivelmente, tanto como compradores como vendedores. Nas áreas onde predominavam a presença de afro-americanos nota-se um aumento significativo da presença de orientais também das mais variadas origens. O que era restrito no passado nas chamadas chinatowns hoje se espalha pelos bairros mais inusitados, ainda que predominem populações de origem europeia.

Também especialistas norte-americanos relacionados com assuntos da Ásia e do Pacífico, como Kurt Campbell, ex-assistente do governo norte-americano para assuntos do extremo oriente, como Michael Green, que atuava na área de segurança internacional, apresentam propostas importantes. Eles, segundo o jornal japonês Nikkei, propõem o fortalecimento das relações dos Estados Unidos com o Japão, pensando no aumento das tensões com os chineses, bem como a necessidade do aumento do intercâmbio econômico visando à ativação das economias dos dois países.

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Xi Jinping                         Barack Obama                  Kurt Campbell           Michael Green

É evidente que a China e os Estados Unidos se esforçam para que as tensões entre as duas potências não cheguem aos pontos difíceis. Na visita do presidente Xi Jinping ao presidente Barack Obama, estes assuntos devem ser discutidos, mas todos na Ásia sentem o aumento da importância chinesa, inclusive nos assuntos de segurança, aumentando suas apreensões. Uma elevação significativa de todos os investimentos nestas áreas, ainda que interessem aos chamados complexos militar-industrial, ativando parte das economias de ambos os países, consomem muitos dos recursos que estão escassos para as recuperações das economias em outros setores importantes para a população mundial.

O fortalecimento da aliança nipo-americana acaba sendo fundamental, ainda que outros países como Austrália e do Sudeste Asiático mais próximos dos Estados Unidos também estejam sendo convidados para arcar com parte destes custos. Mesmo que existam diversos setores empresariais que sejam complementares, o fato concreto é que são duas potências políticas e econômicas que nas próximas décadas disputarão suas influências internacionais.

Nova Iorque já é a sede das Nações Unidas, mas além dos intercâmbios dos diplomatas que defendem posições antagônicas, o fato concreto é que a crescente miscigenação populacional pode ajudar na criação de um ambiente popular para a redução das tensões. O aumento do intercâmbio entre pessoas é importante, mas esforços oficiais e políticos, em diversas frentes, acabam sendo necessário o que parece estar ocorrendo, mesmo que não haja orientações governamentais neste sentido.

Lamentavelmente, neste período crucial para o mundo, as questões políticas internas dos Estados Unidos estão provocando uma redução do poder do presidente Barack Obama, mas como o Congresso e Supremo Tribunal dos Estados Unidos sempre tiveram grande importância, espera-se que as limitações sejam contornadas.



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