Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Exageros nos Usos dos Meios Eletrônicos

18 de junho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , ,

Um artigo publicado no The New York Times, reproduzido em português no seu suplemento semanal da Folha de S.Paulo, de autoria de Tom Brady, discute se o uso do smartphones estaria inibindo o uso do cérebro por parte dos seus usuários. O mesmo parece que está acontecendo com outros instrumentos eletrônicos que vem facilitando a comunicação rápida, porém com versões em notícias curtas, que não permitem uma reflexão profunda como a que nos obriga os textos mais longos. Os exageros transformados em verdadeiros vícios estão estimulando experiências com períodos sem o uso destes meios, no mínimo temporariamente, para superar a ansiedade de que são tomados os seus usuários.

Um paralelo pode ser feito com o aprendizado do idioma chinês, não somente do mandarim como todas as diferenciações regionais naquele país. A elevada quantidade de ideogramas que necessitam ser conhecidos acaba provocando propostas para a sua redução. No entanto, todos sabem que os seres humanos utilizam somente parte pequena dos neurônios de que são dotados, e benefícios podem ser atribuídos aos que são forçados a utilizar mais deles. Mesmo sem se optar por um determinismo físico, parece evidente que muitos chineses acabam utilizando mais sons, mais imagens pequenas, havendo até os que admitem que isto lhes proporcione maior capacidade de visão e de capacidade de aprendizado de outros idiomas e até da música. No fundo, quanto mais se usa os neurônios parece que se aumenta a capacidade do cérebro.

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É evidente que maior informação de qualidade deve ajudar os seres humanos, mas a reflexão sobre os dados recebidos parece ajudar na sua adequada compreensão, que não se limite somente a repetição do que foi recebido. O processo criativo dos humanos parece importante na sua melhor qualificação para todas as tarefas, notadamente as intelectuais.

Outra preocupação que é muito comum é com o exagero de sons de elevados decibéis com que os jovens estão se acostumando, que devem deteriorar as suas audições prematuramente. Há ambientes em que os níveis das vozes utilizadas parecem já exagerados, prejudicando os outros que compartilham dos mesmos. No futuro, a demanda de aparelhos auxiliares da audição deve ser elevada.

Já existem psicólogos trabalhando com os viciados nestes aparelhos eletrônicos e suas utilizações. É comum notar um casal num restaurante que em vez de conversar entre ele fica somente utilizando equipamentos eletrônicos, deixando de usufruir bons momentos.

Tudo indica que os seres humanos ficam mais saudáveis quando suas atividades são diversificadas e equilibradas. A exagerada concentração nos usos dos aparelhos eletrônicos certamente está afetando a sua qualidade de vida, tornando as pessoas escravas destas parafernálias, o que certamente não é saudável.

Muitas empresas proporcionam momentos de exercícios físicos aos seus funcionários durante a longa jornada de trabalho concentrado em computadores. Tudo indica que o trabalho deve ser instrumento de realização dos seres humanos, que não são máquinas as quais devem dominar e não serem dominados.



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