Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Mercado Internacional de Peixes e Frutos do Mar

20 de junho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

Todos sabem que os peixes e os frutos do mar estão com seus consumos em alta em todo o mundo, e que cerca de metade deles já são criados com o uso de diversos tipos de tecnologia. Como os chineses entraram no mercado, consumindo até sushi e sashimi, eles, que evitavam produtos não cozidos diante, possivelmente, dos problemas higiênicos, acabaram seguindo as tendências mundiais. Como estes produtos também são considerados saudáveis, com o seu conteúdo de Omega 3, as demandas mundiais aumentaram significativamente, fazendo com que a produção natural nos rios, lagos e mares não sejam suficientes para atender a demanda. Mesmo os frutos do mar que são evitados no Ocidente, os asiáticos combinam o seu preparo com o uso de produtos derivados da soja, considerando que não existem restrições até mesmo para os cardíacos. Evidentemente, camarões fritos com gorduras saturadas devem ser evitados pelo seu alto teor de colesterol.

Um artigo publicado no Financial Times, de autoria de Emiko Terazono, de Londres, informa que os produtos do mar saltaram para o máximo histórico, com as demandas de atum e ostras. A FAO – Organização das Nações Unidas para a alimentação informa que as produções de capturas naturais como as criações artificiais também atingiram um recorde, com aumento de 15% ao ano, sobre o já recorde de 2011. Existem hoje restrições sobre a pesca de espécies consideradas em risco de extinção, evitando-se os períodos de sua reprodução. Também as rações para a criação estão em alta. Estes dados são estimulantes para o Brasil que conta tanto com a produção de rações como de muitas espécies que podem ser produzidas artificialmente nas suas mais variadas regiões, desde peixes de rios como os amazônicos como camarões, mexilhões, ostras e muitas espécies marinhas.

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Segundo as informações constantes do artigo, muitos produtos marinhos estão alcançando crescimentos da demanda de uma dezena até duas dezenas por ano. Como as produções não acompanham esta evolução, os preços estão acusando crescimentos superiores a 20% anual. Isto está ocorrendo com o aumento do cosumo chinês, em grande parte.

O consumo brasileiro de peixes e frutos do mar ainda é relativamente pequeno, considerando que a refrigeração não era adequada no passado. Hoje, existem refrigerações rápidas que preservam a qualidade destes produtos que, depois de um descongelamento com o uso de boas técnicas, fazem com que os mesmos sejam como frescos.

O Atlântico não é muito piscoso, pois suas praias fazem com a profundidade não seja considerável, mas o Pacífico, possivelmente diante dos Andes, alcançam rapidamente altas profundidades, sendo convenientes para muitas espécies de peixes. Mas no Brasil, o seu litoral é conveniente para a criação de peixes, exigindo-se alguns cuidados. As salinas desativadas, por exemplo, eram utilizadas para a criação de camarões que acabaram sofrendo de algumas pragas. No entanto, muitos peixes fluviais estão sendo criados, com produções de alta qualidade comercial.

Portanto, existem muitas oportunidades para bons negócios com retornos compensadores, inclusive no Brasil.



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