Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Novas Informações no Atual Boom Petrolífero e de Gás

24 de outubro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: ,

Aproveitando o lançamento da 12ª rodada de licitações, a diretora geral da ANP – Agência Nacional de Petróleo, Magda Chambriard, informou que há oito áreas em estudo no litoral sergipano que podem conter uma boa quantidade de petróleo da melhor qualidade, os considerados leves. Estas reservas só estarão cubadas entre 2016 a 2018, mas existem estimativas preliminares que podem chegar entre um a dois bilhões de barris, nada havendo com o atual pré-sal. Como é sabido, Sergipe é uma tradicional área de produção de petróleo, ainda que em quantidades consideradas razoáveis. Em quatro áreas já foram comprovadas as existências de petróleo, três estando em análise técnica e a quarta em avaliação, mas não existem estimativas oficiais destas potenciais reservas, segundo notícias divulgadas pelo site de O Globo.

No que se refere à 12ª rodada, o Valor Econômico informou que 30 blocos terrestres estão localizados em 14 municípios sergipanos, totalizando uma área de 938,22 quilômetros quadrados. A licitação está marcada para os dias 28 e 29 de novembro próximo, e ofertará um total de 240 blocos exploratórios terrestres, com potencial de gás para sete bacias sedimentares, nos estados do Amazonas, Acre, Tocantins, Alagoas, Sergipe, Piauí, Mato Grosso, Goiás, Bahia, Maranhão, Paraná e São Paulo totalizando 168.348,42 quilômetros quadrados. Serão 110 blocos em locais nas fronteiras das bacias do Acre, Parecis, São Francisco, Paraná e Parnaíba, em áreas pouco conhecidas ou com barreiras tecnológicas, consideradas de elevado potencial para gás natural.

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Petrobras aposta que há grande quantidade de gás e petróleo em Sergipe. Agência Petrobras / Divulgação

Também foram incluídas nas licitações 130 blocos nas bacias consideradas maduras do Recôncavo baiano, e de Sergipe-Alagoas, com o objetivo de dar continuidade à exploração e produção de gás natural, a partir de recursos petrolíferos convencionais e não convencionais já existentes nestas regiões. Na bacia Sergipe-Alagoas, além dos blocos localizados em Sergipe, também serão ofertados outros 50 em Alagoas.

Tudo indica que estas licitações e perspectivas acabarão gerando um boom de atividades petrolíferas e de gás no Brasil, esperando-se que os preços, principalmente do gás natural, tenham possibilidade de ser reduzidos, estimulando outras atividades industriais.

Parece que seria recomendável que as autoridades considerassem estas produções como as efetuadas no exterior, o que permitiria baixar sensivelmente os custos de sua exploração, até porque estariam substituindo importações, e estimulariam a consolidação de uma indústria de equipamentos para estas atividades, dado o volume do que se tornará necessário.

Empresas nacionais poderiam se consorciar com estrangeiras, para a absorção das tecnologias mais avançadas, fazendo com que os recursos humanos indispensáveis também pudessem ser treinados num intercâmbio com estrangeiros. A multiplicidade de atividades, juntando com o que deverá acontecer nas áreas do pré-sal, pode tornar o Brasil um dos maiores produtores de petróleo e gás no mundo, abastecendo as necessidades internas, como voltando parte para as exportações.

É preciso que tudo isto seja pensado em seu conjunto, considerando os impactos que podem provocar na indústria nacional que deverá fornecer parte dos componentes e matérias-primas necessária, além de um volumoso treinamento de recursos humanos de diversos níveis, desde engenheiros como os de nível técnico.

O Brasil não pode perder esta oportunidade, diante dos recursos naturais que estão sendo identificados em suas potencialidades. Muitos no mundo estão ávidos de energias limpas, como os do gás natural. Energia barata e competitiva, como a que já vem ocorrendo em outras partes do mundo, torna-se necessária.

A base do possível sucesso deste amplo conjunto de atividades dependerá fortemente da disponibilidade de recursos humanos capacitados, que não poderão ser simplesmente provenientes do exterior. Há que preparar multidão de brasileiros que tenham possibilidade de bons empregos com salários condignos.



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