Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Divulgação do Chorinho Brasileiro

3 de dezembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: , , ,

Num brilhante artigo escrito por Robinson Borges, no Eu & Cultura do Valor Econômico, informa-se sobre a ativa divulgação do Clube do Choro existente em Brasília, tendo como um persistente trabalho do Reco do Bandolim. Ele, que começou a carreira com o rock em Brasília, acabou sendo conquistado pelo estilo da mais autêntica música brasileira, o chorinho, que conta com ícones como Nelson do Cavaquinho, Jacob do Bandolim e Altamiro Carrilho, lembrados na rádio Jovem Pan de São Paulo pelos dois diretores veteranos Antonio Augusto Amaral de Carvalho, o Tuta, e Nilton Travesso para deleite dos saudosistas das boas coisas brasileiras. O interessante foi que Reco do Bandolim acabou se convertendo ao chorinho na Bahia, pelas leituras de Moraes Moreira e Armandinho Macedo sobre os trabalhos de Waldir Azevedo e Jacob do Bandolim.

Brasília é certamente a Capital que reúne brasileiros de todo o país, muitos que foram por circunstâncias políticas dos seus Estados e acabaram se arraigando na cidade, num das mais formidáveis integrações do país. O chorinho é originário do Rio de Janeiro, a antiga Capital, que contribuiu com um importante contingente de migrantes, com suas bagagens culturais. Em Brasília, informa-se que democraticamente ministros, altas autoridades e diplomatas estrangeiros participam dos eventos para usufruir um dos estilos musicais mais marcantes do Brasil.

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Grupo Choro Liivre, do Clube do Choro de Brasília. Foto: Renata Samarco

Hoje, existe uma escola de choro que conta com cerca de 1.100 estudantes, muitos bolsistas, que funciona em paralelo, cogitando-se contar com a cobertura da Universidade de Brasília, segundo o artigo. Reco do Bandolim vem sendo utilizado pelo governo brasileiro para divulgar o choro no exterior, como na Alemanha e na China, havendo um projeto para visitar Cuba.

Nomes consagrados de músicos brasileiros estão prestigiando as iniciativas deste Clube do Choro que conta com um espaço para capacidade para 420 pessoas. São frequentes as presenças de nomes consagrados da melhor música brasileira atual, como Yamandú Costa, Hamilton de Holanda, Zimbo Trio, Almilton Godoy, Renato Borghetti, além da nova geração de Brasília que lá se apresentam.

O imóvel que utilizam foi projeto de Oscar Niemeyer que sempre prestigiou Brasília como cidade que se destaca também do ponto de vista cultural para divulgar as coisas brasileiras de boa qualidade.

Homenagens são promovidas para consagrados nomes da música popular brasileira, mestres do choro como Pixinguinha, Dominguinhos e Altamiro Carrilho. Foi seguido por outros nomes que se tornaram marcos brasileiro como Jacob do Bandolim, Tom Jobim, Villa-Lobos, Waldir Azevedo, Chiquinha Gonzaga que fazem parte do melhor da história cultural brasileira de boa música.

O artigo de Robinson Borges, que também é o editor do Eu & do Valor Econômico, ocupa toda uma página o que é inédito num jornal que tem como foco a economia e a política, dando uma mostra do interesse geral sobre a cultura brasileira.

Pensa-se organizar no futuro próximo o 1º Festival Internacional do Choro, de forma a não coincidir com a Copa do Mundo de Futebol, trazendo consagrados nomes internacionais como o cubano Paquito D’Rivera, Chick Corea e o Quinteto de Câmara de Londres, todos admiradores do choro. O evento deve se estender a São Paulo e Rio de Janeiro, não se restringindo somente à Brasília.

Todos sabem que o Brasil, sem tem um destaque internacional, é com a sua música popular de elevada qualidade, o que deve ser divulgado ao máximo, para mostrar que também temos uma cultura a ser apreciada.



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