Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Contribuições das Pesquisas Japonesas Sobre a Malária

23 de janeiro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Saúde | Tags: , , , , ,

Já noticiamos neste site que a malária é uma das doenças que mais afetaram os seres humanos ao longo de sua história, e continua sendo a mais danosa recentemente ao lado do HIV e da tuberculose, principalmente na África e em alguns países da Ásia. A tendência atual é aumentar a proliferação dos mosquitos transmissores, com a elevação do calor, maior ocupação das áreas sujeitas a elas e surgimento de variedades resistentes aos medicamentos para o seu combate. O governo japonês, numa cooperação com empresas privadas e a Bill & Melinda Gates Foundation, incentiva as pesquisas que estão sendo efetuadas na Ehme University e na Osaka University na área da malária, com resultados promissores.

O artigo publicado no Nikkei Asian Review informa que o Centro Proteo-Science da Universidade de Ehime está utilizando o seu sistema recém-desenvolvido de síntese de proteína livre de células de gérmen de trigo. Irá sintetizar proteínas com base em um estudo de 23 genes do parasita da malária e testar os anticorpos produzidos a partir destas proteínas, trabalhando contra o parasita. Na Universidade de Osaka, uma equipe liderada pelo professor Toshihiro Horii começou ensaios clínicos com substâncias chamadas adjuvantes que aumentaram os agentes que atuam contra a malária. A produção de anticorpos aumentou mais ou menos 10 vezes, e embora não tenham impedido as infecções, conseguiu reduzir em 90% os animais com sintomas da malária.

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Toshihiro Horii

O artigo informa que, num ensaio clínico efetuado em Uganda, 70% das 66 pessoas pesquisadas que receberam a vacina não desenvolveram a doença por um ano. Evidentemente estes resultados são ainda preliminares, mas demonstram que as perspectivas são boas.

Ambos os esforços são financiados pelo Fundo de Inovação Tecnológica de Saúde Global, uma parceria do governo japonês. Até agora foram efetuados muitos esforços para a criação da vacina contra a malária desde 1970, mas os resultados não foram positivos. Em 2002, equipe de cientistas ingleses e norte-americanos conseguiu o código de genoma da malária, o que está estimulando novas pesquisas recentes.

É muito interessante a notícia que os laboratórios das universidades japonesas estão avançando nestes campos da medicina, contribuindo internacionalmente para resolver graves problemas mundiais. Como o Brasil ainda conta na Amazônia com estes problemas de malária, como nos países vizinhos, estes resultados são animadores.



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