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Marketing Para Produtos Voltados Para a Infância no Brasil

20 de janeiro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: , , ,

Os analistas do mercado brasileiro para produtos voltados para a primeira infância ficam impressionados com o sucesso obtido pelos personagens criados no Brasil, que superam hoje os tradicionais e internacionais como os de Walter Disney. Aqueles que estão em contactos com as crianças, por serem avós, por exemplo, ficam impressionados com o poder de comunicação de personagens como a Galinha Pintadinha, criado e divulgado pela dupla Juliano Prado e Marcos Luporini, que é utilizada para venda de milhares de produtos. O assunto mereceu uma reportagem de Murilo Roncolato de O Estado de S.Paulo. De forma similar, Patati e Patatá estão sendo utilizados pelo jovem empresário Rinaldo Faria, que adquiriu os direitos do conjunto de circenses palhaços Tuti-Fruti e Pirulito, ilusionista Alacazam e a garota Pupy. Estas personagens fascinam até crianças que mal começam a falar.

O que parece existir de comum neste sucesso é a utilização dos meios de comunicação eletrônicos, que vão de canais como o You Tube, além de DVDs, Tablet e todas as redes sociais que são usualmente utilizados pelos jovens pais. Os produtos que são comercializados tirando partido destes personagens, mesmo com preços finais exagerados, esgotam-se nas lojas de brinquedos nas épocas como de Natal.

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Outro aspecto que parece contribuir para este sucesso é o uso de músicas conhecidas de todos, as cantigas populares que já são do domínio público como “Ciranda Cirandinha” ou “Atirei o pau no gato”, o que não foi percebido pelos responsáveis pelos canais de televisão que apresentam programas infantis.

Hoje, nas festas destinadas às crianças estes personagens estão presentes, tanto nos brinquedos que são utilizados como eventuais apresentações teatrais como de fantoches.

Fica-se impressionado que as crianças naturalmente agitadas ficam com sua atenções presas nestas apresentações, atraindo mais que os clássicos como o Lobo Mal e outros que chegam a assustar algumas delas. Fazem mais sucesso do que muitos personagens já tradicionais como os criados por Walter Disney e outros que foram criados nas últimas décadas, divulgados internacionalmente.

As brincadeiras que cercam estes personagens são sadias e é interessante que elas não guardam, necessariamente, relação com os animais vivos, por serem como figuras de desenho animado.

Informa-se que os empresários ligados a estas personagens já providenciam a exploração internacional, com as devidas adaptações, para o mercado em inglês como em espanhol. O interessante é que elas são eminentemente brasileiras, com tendências universais.

Deve-se lembrar de que algumas personagens de Walter Disney foram criadas para as condições brasileiras, quando se visava inclusive a política internacional, como no caso do Zé Carioca. Também existem outros como as personagens criadas por Maurício de Souza, voltados para as histórias em quadrinho, quando os meios eletrônicos ainda não estavam tão avançados.

As autoridades culturais do Brasil deveriam se empenhar em dar respaldo para a expansão internacional destes personagens, que também utilizarão cantigas que pertencem ao que existe de mais importante na cultura popular brasileira. O potencial destas atividades são imensas, abrindo novas perspectivas com a criatividade brasileira.



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