Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

A Incompreensível Caça às Baleias do Japão

31 de março de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: , ,

Apesar da forte oposição internacional, principalmente a liderada pela Greenpeace, de forma incompreensível para o mundo, o Japão insistia que sua caça à baleia era para finalidades científicas. Hoje, até a imprensa japonesa estampa a manchete distribuída pela The Associated Press informando que o The International Court of Justice, mais conhecida como a Corte de Haia, que decide na mais alta instância mundial as pendências de assuntos internacionais, ordenou a suspensão temporária da caça à baleia do Japão na Antártica. Os japoneses afirmam que vão respeitar estas decisões. As baleias foram caçadas para as mais variadas finalidades no passado, inclusive para que sua gordura fosse utilizada para a construção de resistentes paredes como no Brasil colonial. Mas, atualmente, se limita à alimentação de um grupo restrito de apreciadores, pois se disseminou pelo mundo a necessidade de sua preservação.

Dos 16 juízes que compõem aquela corte, a decisão foi tomada pela votação de 12 a 4, pois os japoneses não conseguiram comprovar que a finalidade da pesca era a pesquisa científica. Atualmente, o Japão tem uma autorização para a pesca de 850 baleias da espécie minke, cuja meta não conseguem atingir, ao lado de 50 baleias da espécie jubarte, que também não atinge. Esta decisão é considerada uma grande vitória da Austrália e dos conservadoristas, que são os mais aguerridos nesta oposição no que se refere ao hemisfério sul.

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Sede da International Court of Justice, a Corte de Haia

O Brasil já teve um membro nesta importante Corte de Haia. Foi o ministro Francisco Rezek, que foi do Supremo Tribunal Federal e um jurista de elevada reputação.

O Japão possui ainda um segundo programa menor no Pacífico Norte, onde também a Noruega e a Islândia efetuam pescas de baleias. Mas a esperança dos ambientalistas é que todas estas operações venham a serem revistas, diante do aumento das pressões internacionais.

Alguns entendem que uma cota seria o adequado para evitar a extinção das baleias, mas o que se constatou no Tribunal de Haia é que somente dois artigos científicos foram publicados desde 2005 mostrando que a finalidade é comercial, mas havendo cada vez menos apreciadores de sua carne.

Além disto, as chocantes cenas dos seus abates, com o derramamento de muito sangue, acabam provocando uma forte reação da opinião pública, que acaba ganhando maior importância nas decisões internacionais. Como as baleias são inofensivas e muitos apreciam suas manobras no mar, muitos entendem que devem ser preservadas, ainda que o seu consumo de peixes seja volumoso.



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