Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Restabelecimento dos Voos de São Paulo a Tóquio

2 de abril de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias | Tags: , , ,

Uma notícia pouco divulgada no Brasil foi a mudança recente da empresa aérea brasileira TAM da rede Star Alliance para a Oneworld, da qual participam Airberlin, American Airlines, British Airways, Cathay Pacific Airways, Finnair, Iberia, Japan Airlines, LAN Airlines, Malaysia Airlines, Qantas, Qatar Airways, Royal Jordanian e S7 Airlines. A partir de maio, a SriLankan Airlines também fará parte da rede. Na cerimônia para marcar esta mudança em São Paulo compareceu o presidente da Japan Airlines, Masaru Onishi, que informou que aquela empresa pretende restabelecer o seu voo de São Paulo a Tóquio, fazendo escala em Nova Iorque, utilizando o Boeing 787, o Dreamliner. Como esta aeronave apresentou problemas, muitos ainda ficam com alguns receios que se espera sejam superados.

Como é do conhecimento de muitos, a Japan Airlines cancelou esta rota em 2010 diante dos graves problemas financeiros enfrentados que estão sendo superados. A rota era considerada rentável, apesar de exigir uma equipe de tripulantes baseada no Brasil, e com o uso de aeronaves como a cogitada que transporta um número elevado de passageiros, com baixos custos operacionais, espera-se recuperar este mercado. Os jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro e de 2020 em Tóquio ajudariam a contar com maior número de passageiros.

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Muitos passageiros brasileiros e japoneses aspiram por este restabelecimento, pois atualmente precisam utilizar voos de outras companhias, tanto via Estados Unidos que apresentam problemas de vistos norte-americanos que são sempre complicados e que não apresentam ainda perspectivas de melhora. Como via Europa e Oriente Médio, com escalas nem sempre consideradas pouco convenientes. Ou transbordos de aeronaves de uma companhia brasileira para outra japonesa, sempre complicados.

É preciso considerar que muitos turistas são idosos e necessitam de escala intermediária para descansos. Um voo de mais de 20 horas a bordo acaba sendo exagerada, e os de classe executiva ou primeira classe acabam ficando extremamente custosas.

Estão em estudos os chamados codeshare, onde passagens vendidas por uma companhia aérea participante da Oneworld permitiriam o uso em outra, possibilitando o aproveitamento de passageiros que se destinam a Nova Iorque, quer do Brasil como do Japão.

O fato concreto é que existem hoje muitas alternativas de baixos custos com datas pré-estabelecidas, pois muitas empresas europeias e do Oriente Médio procuram aproveitar os passageiros que se destinam ao Brasil ou a países asiáticos, ainda que as viagens sejam extremamente longas. Tudo vai exigir estudos acurados, mas a tendência é o aumento de passageiros entre as duas regiões.



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