Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Bilionária Indiana Procura Soluções Para a Saúde

15 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Saúde | Tags: , , ,

Um interessante caso de ação filantrópica está noticiado no site da Bloomberg referindo-se a Roshi Nadar Malhotra, filha de um bilionário hindu Shiv Nadar que fez fortuna nos negócios de computadores. Ela está investindo US$ 168 milhões para construir uma rede de clínicas de saúde para o tratamento de doenças agudas e crônicas, incluindo diabetes, asmas, estômagos e condições de peles. Sua empresa começa com 50 centros nos arredores de Nova Delhi, utilizando conhecimentos acumulados na área da eletrônica. Como os médicos de família desapareceram também na Índia, estão sendo criados ambulatórios, sem contar ainda com hospitais.

As ações básicas não chegam aos pobres indianos e os seus gastos chegam a US$ 280 bilhões em 2020, segundo um estudo efetuado pela Federação das Câmaras Indianas de Comércio e Indústria. O esforço que está sendo efetuado é conhecido como HCL Avitas e procura uma alternativa barata para aqueles que querem o tratamento para a gripe, congestão do peito, resfriados comuns e outras moléstias consideradas banais. As consultas nesta organização serão de um quarto do que é usual na Índia, que é de US$ 20. O Banco Mundial entende que estas ações básicas são vitais para um país de população pobre, pois os hospitais estão especializados em doenças mais graves, sendo que os mais simples podem ser resolvidos em ambulatórios.

roshni-nadaavitas

Roshni Nadar Malhotra

O bilionário Shiv Nadar, 68, teve uma educação rural no sul da Índia, e acabou acumulando fortuna estimada em R$ 11,6 bilhões com a HCL Technologies, tendo comprometido mais de 10% com filantropias. Portanto, a vocação é no caso hereditário. Estas clínicas necessitam de alguém com muito dinheiro, segundo avaliações da Deloitte Touche Tohmatsu India.

A informática é estratégica, pois permitiria que um médico especialista estivesse conectado com diversas clínicas, reduzindo os custos. A demanda de serviços de saúde é elevada na Índia e continua crescendo. E as doenças enfocadas como o diabetes estão em alta. Os problemas de poluição agravam algumas como as pulmonares, e a Índia detém um quinto das mortes destas causas no mundo.

Esta bilionária que não conta com irmãos interessados no prosseguimento dos negócios da família tem a consciência que a fortuna familiar tem que ser preservada, para permitir a continuidade do seu trabalho filantrópico.

Seria o caso de se perguntar se algo semelhante também estaria ocorrendo no Brasil, que certamente enfrenta problemas similares, ainda que talvez não tão graves como os indianos. São muitas as organizações que investem em hospitais ou planos de saúde, e os ambulatórios que não proporcionam rentabilidade, mas poderiam resolver muitos problemas são sustentados por poucos hospitais, entre eles muitos filantrópicos.



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