Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Grupos Estrangeiros Participam das Estatais Chinesas

20 de janeiro de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: , ,

clip_image002A Citic, estatal chinesa que atua como um holding controlando projetos em vários setores, pioneira na época de Deng Xiaoping, aumenta recentemente a participação de grupos estrangeiros como japonesa Itochu e a tailandesa Charoen Pokphand.

 

Deng Xiaoping abriu a economia chinesa

Mesmo se as gigantescas estatais de qualquer país tenderem a ter uma eficiência comprometida pela dificuldade de sua governança, a Citip é uma que já conta com a participação de grupos estrangeiros que vêm aumetando recentemente. Como estes grupos costumam avaliar os retornos dos seus investimentos de forma rigorosa, o que pode se supor é que a Citip encontrou uma forma de conseguir esta eficiência desdobrando-se em diversas empresas, como a do setor financeiro, da construção pesada e da construção civil.

Quando em 1985 atuávamos na China com uma trading brasileira, sem um forte relacionamento com uma destas estatais chinesas como a Citip, não havia como ter acesso às autoridades governamentais. Depois de longos anos, a Citip utiliza o mercado de capitais, como o de Hong Kong, mostrando que os investidores de todo o mundo confiam na sua eficiência.

Muitos grupos tailandeses, como a Charoen Popkhand, são de chineses que são obrigados a usar nomes locais em muitos países. Mas a Itochu é a terceira trading japonesa e atua em todo o mundo com critérios de avaliação do mercado, e se decidem aumentar suas participações conjuntas com os tailandeses em US$ 10,4 bilhões é porque confiam em obter retornos compensadores.

Tudo indica que estas decisões decorrem, segundo um artigo publicado no site da Bloomberg por Yuriy Humber e Ichiro Suzuki, da tentativa de superar as fricções políticas dos japoneses com os chineses, para ampliar o gigantesco mercado local da China, levando vantagem sobre seus concorrentes, como a Mitsubishi e a Mitsui.

Devem estar adequadamente informados sobre as tendências das mudanças das estatais chinesas com as reformas que estão sendo adotadas pelo governo, dando maior importância ao mercado interno. É um arranjo que apresenta alguns riscos, mas que podem dar retornos expressivos diante das fortes disposições de tomarem estes riscos.



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