Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Mudanças nos Mercados de Trabalhos e Serviços

3 de janeiro de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: , ,

clip_image002A revista The Economist dedica dois artigos sobre mudanças nos mercados de trabalho e de serviços que estão se ampliando com o uso da internet, mas podem gerar problemas.

 

Smartphone e apps provocam grandes mudanças nos mercados de trabalho e de serviços.

Segundo a revista The Economist, a empresa Handy aproveitou a ideia da Uber, um serviço com uso da internet para contatar táxis que foi fundada em San Francisco, USA, em 2009. Já se consolidou com um grande número de startups nos mais variados setores de serviços, tendo começado com em 2011 com um capital de risco de US$ 40 milhões e chegando a ser avaliada hoje em US$ 40 bilhões, que evidentemente é um exagero deste mercado financeiro, ainda que suas vendas para 2014 já tenham atingido, segundo especialistas, US$ 1 bilhão.

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Táxis usando Uber em São Paulo.

A ideia é atender as demandas de pequenos trabalhos, utilizando 5 mil trabalhadores que foram rigorosamente selecionados pelas suas credibilidades e responsabilidades, constando em suas listas. Eles trabalham 5 a 35 horas por semana, sendo que os 20% melhores ganham US$ 2.500 por mês. Esta empresa tem 200 funcionários em tempo integral. Muitos listados estavam desempregados e o sistema está permitindo o aproveitamento de suas capacidades ociosas, mas somente quando desejam, sem nenhum vínculo empregatício.

Uma lista longa de serviços está contemplada, dos mais simples como a limpeza de um apartamento até os mais sofisticados, como consultoria jurídica ou assistência médica. Já atendem nas 29 maiores cidades dos Estados Unidos, chegando ao Canadá como no Reino Unido. Chegam a serviços extravagantes como reservar viagens ou negociar com empresas de serviços de cabos.

Sempre houve terceirização de serviços, mas as sofisticações permitidas pela informática chegaram a serviços nas chamadas nuvens. Até grandes empresas multinacionais utilizam serviços de profissionais freelances, havendo discussões sobre suas conveniências, dados os processos de acumulação dos conhecimentos que são aproveitados em outras iniciativas. Mas citam-se casos em que resultaram em muitos produtos que hoje estão sendo comercializados pelas grandes empresas internacionais.

O artigo menciona muitas empresas especializadas em serviços que antes eram executados internamente pelos grandes grupos, que estão reduzindo seus custos para se manterem competitivos. Existem localidades onde existem regulamentações que dificultam estas prestações de serviços, para proteção dos trabalhadores.

O artigo refere-se às mudanças que vieram ocorrendo nas relações de trabalho ao longo da história, aventando a possibilidade de que uma nova e importante fase esteja em pleno desenvolvimento, exigindo a atenção das autoridades, das empresas como dos empregados.

Há que se admitir que problemas também estejam ocorrendo, de muitos tipos, ainda que poucos tenham sido mencionados no artigo. É evidente que nem tudo pode ser generalizado, e estas prestações de serviços podem ser importantes contribuições em algumas localidades e em determinados setores, havendo necessidade de tempo para que venham a ser comprovados onde podem ajudar no processo de desenvolvimento.



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