Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Práticas Oficiais Eficientes

2 de janeiro de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: , , ,

Existem práticas em variados setores da administração pública que poderiam ser destacadas pela sua eficiência e que podem ser copiadas por outras instituições.

Todos reconhecem que o Brasil apresenta uma ampla variedade de situações mesmo na administração pública, sendo que alguns casos se destacam, merecendo serem divulgadas para ser imitadas por outros, numa concorrência saudável e de baixo custo. Se o governo federal escolheu a educação como uma das prioridades para os próximos anos, todos sabem que existem escolas, mesmo nas regiões consideradas menos desenvolvidas, que estão conseguindo uma eficiência que deve ser amplamente divulgada em todo o país, na tentativa de que outros adaptem as mesmas práticas para seus casos. O Enem, nos últimos anos, mesmo considerando as críticas que por ventura possam ser formuladas, está oferecendo um ranking das escolas, inclusive públicas, e as melhores poderiam ser convocadas pelo governo federal para informar o que estão fazendo para obter as melhores avaliações.

Os dirigentes destas escolas merecem destaque, e, na medida em que exponham os esforços que estejam fazendo, outros poderão discutir suas experiências e adaptar para a suas escolas o que for aproveitável. No setor privado, o interesse pelos resultados melhoram suas imagens e sua procura, e esta saudável concorrência pode ajudar no contínuo aperfeiçoamento das escolas, consideradas importantes no sistema de educação no país, ainda que os resultados do Enem não possam ser considerados isoladamente. Também seria interessante que os resultados não se refiram somente a um ano, mas a alguns.

É evidente que os chamados Colégios de Aplicação das Universidades devam obter melhores resultados, mas constata-se que outros que não apresentam as mesmas situações também estão figurando com destaque.

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Colégio de Aplicação da UF de Viçosa

Mesmo fora do setor educacional, este princípio poderia estimular a concorrência entre autoridades locais, como na saúde, segurança, serviços públicos como de abastecimento de água, tratamento de esgotos, administração do trânsito e muitos outros. Existem muitas soluções eficientes que estão sendo adotados por prefeituras, com baixos custos, que poderiam ser adaptadas para outras.

As autoridades locais desejam ser reconhecidas, pois muitas almejam carreiras políticas. Nem sempre as soluções imaginadas por acadêmicos ou experientes funcionários públicos, principalmente centralizados em Brasília, podem apresentar as soluções mais convenientes para as variadas situações que se observam nas muitas regiões brasileiras. Mesmo que as soluções não tenham grande charme, muitas delas já adotadas nos casos concretos apresentam menores problemas de gestão, que parece ser o calcanhar de Aquiles que continua limitando o desenvolvimento brasileiro.

Os aperfeiçoamentos precisam ser introduzidos com o mínimo de custo adicional, diante das dificuldades orçamentárias. Estes acréscimos regionais estão sendo considerados em alguns países emergentes, como é o caso da China, que também apresenta uma grande diversidade regional. São acréscimos infinitesimais como estes que podem acumular diferenças que no total acabam sendo relevantes. Não se podem desprezar os avanços locais que estão ocorrendo no Brasil. A realidade brasileira está sendo decidida no seu interior e não em Brasília, que exagera na sua importância.



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