Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Índia e Seu Ousado Programa de Energia Limpa

15 de fevereiro de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: , , , ,

clip_image002Governo indiano de Narendra aproveitou o fim de semana de 15 de fevereiro para lançar o programa de energia não poluente de 170 gigawatts até 2022.

Governo de Narendra Modi informa nesta Conferência sobre seu ousado programa de energia limpa até 2022

O site da Bloomberg informa sobre o ousado anúncio do governo Narendra Modi na abertura da conferência RE-INVEST 2015 realizada em Nova Delhi. Aproveitam o momento em que o mundo acompanha com vivo interesse o novo governo da Índia que dá uma grande ênfase ao setor privado, aproveitando a disponibilidade de recursos externos mais baratos, para programas que reduzam as poluições em países emergentes. Ou seja, aproveitam todas as tendências favoráveis do momento, num programa que tem pé, corpo e cabeça, o que lhe dá a credibilidade necessária.

Todos ficam impressionados como um país como a Índia que conta com mais de 1,2 bilhão de habitantes, com todas as complicações possíveis, consegue manter o entusiasmo e o crescimento econômico expressivo que deve superar a dimensão da economia japonesa proximamente. A Índia ainda dependerá das poluições provocadas pelo carvão mineral que é terceira no mundo, enfrentando problemas como apagões. Mas, com o programa lançado, fará um grande esforço para aproveitar o sol, o vento e a água, com equipamentos que serão produzidos pelas grandes empresas multinacionais na Índia. Já estão comprometidas empresas como a Adani Enterprises, Reliance Power e SunEdison somente nas últimas semanas.

O governo promete financiamentos ao custo de 6 a 7%, num montante que deve chegar a US$ 48 bilhões pelo State Bank of India, dependendo da viabilidade dos projetos de produção dos equipamentos. Estão confiantes na estabilidade interna e na baixa dos juros externos, assegurando um câmbio adequado para limitar os riscos. Aproveita-se o movimento mundial de energia limpa que deve ser decidido até o final em Paris, na reunião promovida pelas Nações Unidas.

Algo muito similar deveria e poderia ser feito pelo Brasil, que vem enfrentando variados problemas. Com um programa mais claro de utilização do setor privado, haveria que se conquistar a confiança dos empresários e dos financiadores externos, sendo urgente que os problemas existentes sejam rapidamente resolvidos. Comparando os problemas brasileiros com os da Índia, deve se confiar que temos as condições para tanto, dependendo um pouco da humildade de algumas autoridades.



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