Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Posicionamento Estratégico da Índia

10 de março de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: , , ,

clip_image001Os países emergentes como a Índia também estão investindo nos relacionamentos com seus vizinhos bem como aparelhando sua Marinha para proteção de suas rotas de comércio.

 

Índia procura aumentar a sua presença no Oceano Índico

Um artigo elaborado pela Bloomberg informa que o primeiro-ministro da Índia programa uma visita a Seychelles, Ilhas Maurício e Sri Lanka, com o objetivo de intensificar sua presença nestes países, numa disputa com a China. Este gigante vizinho, com a política chamada nova Rota da Seda marítima, vem aumentando a sua presença na região, auxiliando na elaboração principalmente portuária, que, além do fomento do comércio, também aumenta a sua presença militar.

A Índia procura equilibrar esta presença para a proteção de suas rotas comerciais como uma potência regional, e seu orçamento de defesa elevou-se para US$ 40 bilhões, visando a construção de seis submarinos nucleares, triplicando o que possui atualmente, sete novas fragatas, e um primeiro navio de guerra antissubmarino produzido na própria Índia.

Ainda assim, é pequeno se comparado com cerca de 49 fragatas, 24 destróieres, oito corvetas e cerca de 60 submarinos da China, que se aventuraram a chegar a portos do Reino Unido, Alemanha e Grécia. Isto mostra a necessidade da Marinha brasileira para a proteção de sua costa, que já conta com expressivos investimentos como o pré-sal, sem dispor sequer de um submarino atômico.

Não se trata de uma competição armamentista, mas o mínimo que se espera de um país independente é que tenha condições de defesa do seu litoral, ainda que no Atlântico não exista problemas como em outros mares. Mas é preciso lembrar que a Argentina não conseguiu manter a sua pretensão nas Malvinas, mesmo que ela fique muito distante do Reino Unido.

Ainda que Maurício e Seychelles sejam pequenas ilhas, Sri Lanka, que fica muito próxima da Índia e conta com mais de 20 milhões de habitantes, vinha perfilando com a China e passou para uma mudança de governo, sendo hoje o parceiro mais crucial da Índia.

Qualquer país deve dar prioridade aos relacionamentos com seus vizinhos, ainda que não se possa pretender escolher seus governos. Mesmo na América do Sul, com todas as suas dificuldades, os intercâmbios não só comerciais como culturais e políticos necessitam ser cultivados, até pelas semelhanças existentes, sem que haja problemas étnicos e religiosos que os separem. Os intercâmbios internacionais se tornam relevantes neste mundo cada vez mais globalizado.



Deixe aqui seu comentário

  • Seu nome (obrigatório):
  • Seu email (não será publicado) (obrigatório):
  • Seu site (se tiver):
  • Escreva seu comentário aqui: