Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

The Economist Escreve Sobre os Latinos nos Estados Unidos

14 de março de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: , , , ,

clip_image002Os latinos nos Estados Unidos, notadamente de origem mexicana, se de um lado ajudam no aumento da população norte-americana e no seu rejuvenescimento, ainda são tratados pelos brancos como traficantes de drogas, o que torna difícil sua ascensão econômica, cultural e social no país.

 

Capa do novo número do The Economist

Numa extensa matéria e um relatório especial, a revista The Economist trata do complexo problema dos latinos que estão aumentando em número nos Estados Unidos pelo nascimento, contribuindo para o crescimento e rejuvenescimento da população norte-americana, cuja integração geral ainda é problemática.

Dois séculos depois da América ser organizada, mais de 80% dos seus cidadãos eram brancos de origem europeia, contando também com os negros levados como escravos e seus descendentes, que não são objeto de atenção nestes artigos. Hoje, os brancos não hispânicos caíram abaixo de dois terços da população estimando-se que em 2044 sejam minoria. Existem os que são contrários às imigrações, principalmente de latinos, que estão aumentando pelos nascimentos dos seus descendentes e não pelo ingresso de novos oriundos do exterior.

A revista não se comporta como uma estrangeira e recomenda sem cerimônia que os norte-americanos mudem suas atitudes relacionadas com os latinos, ajudando a superar as limitações nas suas ascensões sociais, como se estes problemas fossem fáceis de serem resolvidos, quando questões étnicas são difíceis de serem alteradas em qualquer parte do mundo.

Reconhecem que os republicanos contem somente com 27% dos votos dos hispânicos, que se concentram agora nas ações políticas pelas melhorias de suas condições em variados setores deixando se preocupar com a imigração, que não é mais a fonte principal do seu crescimento. Ainda que lentamente, estas melhorias continuam ocorrendo.

As mudanças que estão ocorrendo com os latinos são tratadas com a citação de diversos casos em diferentes estados que apresentam discrepâncias. Deve-se reconhecer que os Estados Unidos são uma federação, com situações diferenciadas nas suas unidades estaduais. Também que o nível de miscigenação das diversas etnias e culturas é baixo, formando comunidades distintas, ainda que esteja aumentando muito lentamente. Diferem totalmente do Brasil, onde há uma tendência para a formação de uma nação miscigenada.

Os republicanos na última eleição tiveram nove entre dez votos dos brancos, enquanto os democratas obtiveram oito de cada dez votos das minorias. A revista cita que os hispânicos representam um mercado estimado em US$ 1,1 trilhão, o que seria o 16º no mundo.

Deve-se notar que ora o artigo se refere aos latinos (predominantemente de origem mexicana), ora de hispânicos que envolvem outras populações de origens de países como Porto Rico e Cuba, que também têm expressão em alguns estados.

A diferença na estrutura etária é enfatizada, como entre os não brancos, e as crianças superariam os velhos na proporção de 4 por um. Citam-se diversos aspectos onde estes latinos possuem condições inferiores em termos sociais.

A revista cita o risco de que um confronto nos Estados Unidos: da juventude latino-americana com os brancos idosos. Este artigo que vale uma leitura pode ser encontrado na sua íntegra, em inglês, no http://www.economist.com/news/special-report/21645996-one-american-six-now-hispanic-up-small-minority-two-generations-ago.



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