Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Interesse da Repsol Sinopec no Gás Brasileiro

30 de abril de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

clip_image001É natural que as dificuldades enfrentadas pela Petrobras tornem os brasileiros céticos, imaginando que só temos problemas. Mas o presidente espanhol da Repsol Sinopec, Tomás García Blanco (foto), que vem atuando em diversos países, mostra disposição de investir de US$ 5 bilhões a US$ 6 bilhões na exploração do gás nos próximos cinco anos, segundo informa o Valor Econômico.

O artigo de Claudia Schuffner publicado no jornal Valor Econômico (http://www.valor.com.br/empresas/4028724/repsol-sinopec-se-prepara-para-desenvolver-projeto-gigante-de-gas) deve ser lido por todos os brasileiros inundados pelas informações preocupantes relacionados com os escândalos envolvendo a Petrobras.

Segundo o presidente da joint venture espanhola-chinesa Repsol Sinopec, Tomás García Blanco, que está entusiasmado pelas descobertas promissoras de gás dos três campos do bloco BM-C-33, onde o principal é o Pão de Açúcar, cujas estimativas que estão sendo confirmadas indicam reservas superiores a 700 milhões de barris de petróleo e 3 TCFs (trilhões de pés cúbicos) de gás, inclusive as descobertas de Seat e Gávea feitas pela empresa.

Como se sabe, o gás vem sendo controlado também pela Petrobras, que, enfrentando problemas, precisa desmobilizar alguns campos para se concentrar na exploração do petróleo. Também existem problemas como o nível de componentes locais dos equipamentos que é de 55%, que não pode ser atendido pelos estaleiros instalados no Brasil.

Mas, segundo as estimativas preliminares da Repsol Sinopec, que possui experiências em diversas partes do mundo, estas reservas poderiam economizar US$ 25 bilhões com a importação de gás natural liquefeito ao longo da vida útil da reserva. Seria o correspondente da metade da importação do Brasil feita da Bolívia e poderia representar 7% do faturamento mundial desta joint venture espanhola-chinesa.

Este executivo, que acumulou experiências na América do Sul, na Argentina, na Bolívia e na Venezuela, mostra-se impressionado com a flexibilidade e eficiência da Petrobras, com quem opera em conjunto, como faz com a norueguesa Statoil.

Ele informa que as populações locais tendem a agigantar os problemas e o pessimismo. Ele se considera agora um carioca. A experiência da Repsol Sinopec com a Petrobras é no campo de Sapinhoá, um projeto de US$ 10 bilhões, que já é o sexto maior produtor de petróleo do Brasil.



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