Siderúrgica Japonesa Objetiva Ser a Primeira do Mundo

1 de abril de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: artigo no Nikkei Asian Review, melhorar o relacionamento com seus acionistas, Nippon Steel & Sumitomo Metals pretende voltar a ser a primeira do mundo

A Nippon Steel já foi a primeira no mundo e, com a fusão com a Sumitomo Metals, efetuando novos investimentos nos próximos anos, espera superar a AcelorMittal de origem indiana e a Posco de origem coreana.

A siderúrgica japonesa Nippon Steel & Sumitomo Metals

Com a volta da competitividade da indústria siderúrgica japonesa com a desvalorização do yen, a Nippon Steel & Sumitomo Metals, depois de sua fusão, procura aumentar seus investimentos para superar as posições da AcelorMittal indiana e Posco coreana, melhorando seus relacionamentos com os acionistas e utilizando as novas tecnologias que dispõe.

Já houve um período que as siderurgias japonesas eram as maiores e melhores do mundo, mas a sua arrogância bem como as duas décadas de baixo crescimento da economia japonesa, inclusive com deflação, exigiu a fusão de duas gigantescas empresas, e com novos investimentos no Japão pretendem voltar a ser as melhores em tecnologia como a maior em dimensão mundial.

Para tanto, pretendem efetuar investimentos estimados em US$ 11,2 bilhões em suas fábricas no Japão nos próximos três anos, aumentando o emprego e ajudando na recuperação da economia japonesa, ao mesmo tempo em que a taxa de retorno para os acionistas deve se elevar dos atuais 20% para uma faixa de 20 a 30% ao ano, procurando levantar os recursos necessários para os investimentos no mercado de capitais do Japão.

O assunto foi apresentado num artigo elaborado por Shintaro Terai e publicado no Nikkei Asian Review. O que se sabe é que estas empresas possuem tecnologias para chapas de aço mais finas e leves que são demandadas atualmente pela indústria automobilística, que está empenhada na redução de combustíveis.

A empresa, que sofreu um desastre na sua planta em Nagoya, interpreta que somente com as inovações nas suas diversas plantas teria condições de superar os seus problemas, ajudando pela atual política do governo japonês que, com a desvalorização do yen, torna suas exportações mais competitivas.

As vendas deste ano ainda são de cerca de 60% da AcelorMittal, que atualmente é a maior do mundo. Estes dois grupos possuem plantas no Brasil e devem também modernizá-las para competirem em escala mundial, apesar de alguns problemas que enfrentam, como os relacionamentos com grupos de acionistas.

No mundo globalizado, além das disponibilidades de recursos para investimentos e de tecnologias competitivas, as comunicações sociais, principalmente com seus acionistas, estão se tornando importantes, além de proporcionarem retornos atrativos para os seus investimentos.