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Agricultores Japoneses Entregam os Pontos

26 de maio de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: , , ,

clip_image002No passado, os produtores de arroz do Japão eram os que mais resistiam às medidas que facilitavam a sua importação, o que não está acontecendo nas atuais negociações do TPP – TransPacif Partnership, parecendo que desistiram diante da falta de apoio do atual governo de Shinzo Abe.

Foto que ilustra artigo no Nikkei Asian Review mostrando um agricultor no plantio do arroz no seu “polders”

Até recentemente, as importações de arroz eram consideradas o ponto de maior resistência dos agricultores japoneses. Um artigo de Tadanori Yoshida, publicado no Nikkei Asian Review, informa sobre a estranha falta de manifestação contrária nas atuais negociações do TPP – TransPacif Patnership, que era promovida principalmente pelo JA-Zenchu (União Central das Cooperativas Agrícolas).

Uma das razões para tanto é que os movimentos feitos no passado não encontraram respaldo do atual governo de Shinzo Abe. De outro lado, os atuais agricultores japoneses são idosos e não contam com herdeiros dispostos a continuar com atividades agrícolas. Também é preciso considerar que a população japonesa está se reduzindo e o consumo de arroz está diminuindo mais rapidamente, pela diversidade dos alimentos que estão sendo utilizados pelos mais jovens.

Os retornos econômicos possíveis com a produção do arroz não são compensadores, e os agricultores restantes estão procurando uma diversificação maior, com frutas, verduras e hortaliças, em empreendimentos como pequenas empresas.

Ainda que o sistema político japonês com os votos distritais do meio rural continue a compensar o seu poder político, a agricultura perdeu muito do seu peso e hoje a reivindicação parece se concentrar no pagamento de compensações para os agricultores.

A agricultura japonesa parece condenada à produção de alguns itens especiais, não se destinando mais à alimentação de grande parte de sua população. Não se conseguiu, como na França, que as atividades rurais fossem consideradas uma modalidade saudável de vida, com seus produtos diversificados em pequenas propriedades como algo que deva ser preservado.



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