Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

O Combate à Fome no Mundo

19 de junho de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: , , ,

clip_image002Um artigo elaborado por Homi Kharas e John W. McArthur, publicado pelo Foreign Affair, informa que na recente reunião do G7 houve uma decisão de se eliminar a fome no mundo até 2030. O Brasil está sendo citado como um exemplo do que deve ser feito.

Uma foto que ilustra o artigo do Foreign Affairs

O artigo publicado no Foreign Affairs informa que a decisão tomada pelo G7 foi acabar com a fome e a desnutrição de 500 milhões de pessoas até 2030. No entanto, os críticos estão informando que o número dos sem a adequada alimentação é superior, mais de 795 milhões, sendo que a concentração maior ocorre na África subsaariana, segundo o relatório 2015 Estado da Insegurança Alimentar no Mundo, publicado pelas Nações Unidas.

Informa-se que entre 1990 a 2015 houve uma redução dos subnutridos no mundo em desenvolvimento de cerca de 23% para 13%. No entanto, o número real teria sido pequeno, de 990 milhões para 780 milhões, sendo que na África subsaariana haveria um aumento de três milhões anualmente,

Eles interpretam que a América Latina tem sido um exemplo desta melhora, citando especificamente o caso brasileiro. O programa Fome Zero, de Lula da Silva, além de seus resultados diretos, contribuiu para o aumento da produção agrícola brasileira, havendo continuidade na reforma agrária, onde os pequenos produtores são os que sofrem de desnutrição. Também haveria necessidade na melhoria da distribuição dos alimentos no país, cuidando-se também da educação e vacinação dos filhos.

O solução agora, segundo os autores do artigo, seria transmitir este exemplo para os outros países, sendo que alemã Angela Merkel vem sendo a maior defensora deste programa mundial. Sem o aumento da produção agrícola, com sementes melhoradas, fertilizações e irrigação, não haveria como se conseguir chegar a resultados objetivos.

Não se trata somente da alimentação, mas de investimentos públicos e privados para provocar o desenvolvimento rural com a melhora na pesquisa e consequente aumento da produtividade agrícola, o que tem sido conseguido no Brasil, segundo o artigo.

O diagnóstico é que a fome continua existindo onde há conflitos, irregularidades climáticas e baixo desenvolvimento. O artigo menciona que isto está ocorrendo em algumas regiões africanas, havendo esperanças de melhoria com a ajuda de países desenvolvidos.

Há, na realidade, além da decisão política, um amplo programa a ser perseguido e os resultados que estão sendo alcançados mostram sua viabilidade, mas o desafio é grande e a decisão do G7 é bem-vinda.



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