Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Pré-Candidatos à Presidência dos EUA

16 de junho de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Política | Tags: , , ,

Fica-se com a impressão que mesmo no país líder da democracia Ocidental como os Estados Unidos, os que têm familiares que já ocuparam o cargo de presidente acabam ficando mais conhecidos, dispondo de volumosas doações de recursos para suas campanhas.

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Hillary Clinton, pré-candidata pelo Partido Democrata Jeb Bush, pré-candidato pelo Partido Republicano

Mesmo não sendo um eleitor norte-americano, como os Estados Unidos ocupam um papel de destaque no mundo, afetando a todos com suas posições, os seus principais candidatos acabam exigindo nossas considerações. Inicialmente, terão que se sobrepor aos outros candidatos do mesmo partido, para finalmente disputar com os adversários de outros partidos ou independentes, que são possíveis num sistema eleitoral complexo daquele país, dentro de uma verdadeira Federação.

Hillary Clinton tem como seu marido legal, ainda que não muito fiel a ela, Bill Clinton e foi secretária de Estado de Barack Obama, e conseguiu volumosos recursos doados para a sua campanha numa instituição que a mantém. Também o ex-presidente dirige uma instituição que recebeu vultosos recursos e ajuda na campanha da sua esposa. Há sempre os que interpretam estes fatos como decorrentes das posições que ocuparam, o que acaba sendo uma vantagem perante outros candidatos democratas, mesmo que tenham algumas responsabilidades que precisam partilhar com seus passados e administrações das quais participaram.

Jeb Bush é filho de George Herbert Walker Bush e irmão de George Walker Bush, ambos ex-presidentes dos Estados Unidos, e ele foi governador do Estado da Flórida. Ele é casado com Columba, nascida no México, que conta com muitos patrícios como eleitores, que migraram para os Estados Unidos. Tenta contar com o apoio de diversas comunidades formadas pelos imigrantes de diversos países. Disputa com outros candidatos a indicação pelos republicanos com um discurso oposicionista ao atual governo.

No evento do lançamento de sua candidatura, ele usou abertamente o seu relacionamento passado, utilizando a sua mãe que tinha declarado que bastava de Bush na Presidência do país.

Todos precisam conquistar eleitores que possuem ideologias diferentes das suas e outras prioridades programáticas e seus discursos acabam procurando agradar a todos, num malabarismo digno destes políticos. Ainda que procurem manter uma identidade com as orientações dos seus partidos, acabam abraçando também aspectos que apresentam algumas incoerências, mas acreditam que proporcionam votos.

Os custos de uma campanha eleitoral nos Estados Unidos são astronômicos, e mesmo que a legislação seja mais rigorosa naquele país não existem horários políticos nem publicidades com o suporte dos meios de comunicação oficiais. Os custos das televisões, dos deslocamentos e dos diversos eventos são elevadíssimos. Portanto, os relacionamentos que conseguiram, inclusive com a ajuda de seus familiares, são relevantes, notadamente nas doações para suas campanhas.

Ainda que não seja oficial, o chamado complexo militar industrial dos Estados Unidos acaba tendo uma grande importância. Os gastos militares são sigilosos e independem de concorrências, sendo difíceis de serem controlados pelos eleitores norte-americanos. As grandes empresas fornecedoras de material bélico, como dos recursos humanos terceirizados, são assustadoramente grandes. As benesses governamentais acabam tendo como contrapartida apoios políticos.

Os órgãos de comunicação social nos Estados Unidos como as televisões, jornais e revistas, rádios podem e tomam partido nas campanhas eleitorais de forma explícita, ainda que procurem uma cobertura a mais isenta possível.

Mas não há dúvidas que os recursos financeiros acabam tendo uma grande importância, e muitos dos atuais pré-candidatos acabarão desistindo, quando verificarem que não conseguem doações suficientes. As composições entre eles também acabam sendo importantes.

São indicações que a democracia do tipo Ocidental também diferencia os participantes candidatos pelas suas capacidades econômico-financeiras, deixando somente com ideal os votos dos eleitores, até porque os que finalmente decidem possuem pesos diferentes nos diversos Estados. Tudo mostra que ela é de grande complexidade e nem todos possuem os mesmos direitos.



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