Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Compromissos Sérios Sobre as Mudanças Climáticas

3 de julho de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

Lou Leonard, chefe do programa de mudanças climáticas do WWF – World Wildlife Fund, uma das mais importantes autoridades sobre o assunto, adverte que até agora os compromissos dos governos só atingem a metade do necessário, segundo os cientistas, para manter o aumento do aquecimento restrito em 2% neste século, como foi publicado no Foreign Affairs.

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Imagem de cima mostra represa de Jaguari em 16 de agosto de 2013 e imagem de baixo mostra mesma represa em 3 de agosto de 2014 (Foto: NASA Earth Observatory image by Jesse Allen, using Landsat data from the U.S. Geological Survey)

No COP21 sobre o clima que será realizado em Paris, em novembro próximo, haverá uma discussão séria entre os negociadores de todo o mundo, Para manter o aumento da temperatura média global abaixo de 1,5 a 2,0 graus Celsius, haverá necessidade de compromissos adicionais, pois os que já foram assumidos atendem somente a metade das necessidades que os cientistas estão propondo.

Na última reunião da Conferência de Mudança Climática de Copenhague, em dezembro de 2009, não se conseguiu convencer as autoridades dos países participantes, sendo que os maiores responsáveis, como os Estados Unidos e a China, não se sentiam em condições de assumir suas responsabilidades.

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Cenas com os efeitos da seca em muitos lugares do mundo

No ano passado, o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática, órgão composto por cientistas de elite escolhidos pelos respectivos governos, divulgou um relatório que incluía um conjunto de cenários de emissões de poluentes para limitar o aquecimento para a meta necessária, Os governos adotaram formalmente o relatório, mas não assumiram os compromissos indispensáveis.

Até agora, tanto a União Europeia como os Estados Unidos se limitam às reduções de emissões domésticas, mas não assumem o compromisso de ajudar os demais países, o que poderia ser feito pelas políticas econômicas de crédito às exportações, tecnologias e apoio para a capacitação de pessoal e outros incentivos financeiros.

Segundo o chamado Workstream 2, tem-se informado sobre soluções envolvendo também a melhoria da saúde e do desenvolvimento econômico rural, que é relevante no processo.

Durante 200 anos, as economias da América do Norte, da Europa, do Japão e da Austrália se beneficiaram do desenvolvimento que provocou o lançamento de enormes quantidades de poluentes de fontes fósseis, mas continuam relutantes em assumir compromissos.

Em Copenhague, com a mobilização de US$ 100 bilhões anuais em assistência ao clima teria se conseguido cumprir os objetivos. Agora, com todas as violentas irregularidades climáticas que estão ocorrendo no mundo, desde a Califórnia até países pobres da África, como de Miami até Mumbai, entre muitos outros lugares, as apostas precisam ser mais altas, segundo este autor.

Os fatos já estão aí aos olhos dos que desejam ver.



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