Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Executivos de Cingapura Mais Preocupados que os da Região

13 de julho de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

clip_image001Um artigo publicado por Tomomi Kikuchi no Nikkei Asian Review informa que uma pesquisa efetuada pelo Bank of America Merril Lynch no início deste ano mostra os executivos de Cingapura mais pessimistas do que os da região da Ásia e Pacífico.

Distrito financeiro de Cingapura, o mais importante da região

É preciso entender que Cingapura se consolidou com um dos centros financeiros mais importantes da Ásia e seus executivos costumam estar mais informados do que os demais da região. Os problemas chineses que influem fortemente não somente nesta parte do mundo estão condicionando suas opiniões. Os dados mais recentes estão confirmando que eles tinham razão para se manterem mais pessimistas, enquanto ainda vigora uma euforia perigosa em outros países.

A pesquisa abrange os executivos de outros países, inclusive dos desenvolvidos como Japão ou Austrália, além dos países do Sudeste Asiático que estão fortemente ligados a Cingapura, onde os principais executivos são de origem chinesa e possuem informações acuradas destes países.

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Gráfico constante do artigo do Nikkei Asian Review mostra que muitos executivos da região estavam demasiadamente otimistas

Os problemas que estão ocorrendo agora não somente na China, mas também na Europa e nos países componentes do BRICS, mostram que os executivos de Cingapura estavam melhores informados e devem ter tomado medidas para serem menos influenciados pelos resultados mais conservadores.

Na realidade, a pretensão chinesa de continuar liderando um forte processo de desenvolvimento no mundo, tentando transformar o yuan numa moeda aceita em todo o mundo, ao lado de projetos ousados como a nova Rota da Seda, contando com bancos novos para financiar muitos projetos parecia exagerada. Ainda que parte destes projetos seja executada, já não existe a exuberância de alguns meses atrás, tanto pelos problemas chineses como os da Europa provocada pela Grécia.

A reunião dos BRICS realizado recentemente na Rússia mostrou também que primeiro há que se resolverem os problemas onde os seus membros estão envolvidos, para se cogitar de ousados programas que certamente ajudariam o mundo, mas para os quais nem se disporia de generosos financiamentos a custos baixos.

Certamente não se deve entrar em pânico suspendendo todos os projetos, mas o exame acurado de suas viabilidades econômicas e retornos compensadores precisam estar assegurados. Também as pretensões de ousados programas sustentáveis em todo o mundo, lamentavelmente, terão que ficar nos níveis indispensáveis, pois os recursos disponíveis estarão mais escassos.



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