Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Intensificação das Relações com os Estados Unidos

1 de julho de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

clip_image002Dois países importantes nas Américas, Brasil e Estados Unidos andaram com suas relações bilaterais mornas por um longo período e agora se efetuam esforços para a volta à normalidade, com perspectivas de sensíveis melhoras.

Dilma Rousseff e Barack Obama

Todos os esforços necessários foram efetuados para a volta das relações bilaterais entre o Brasil e os Estados Unidos com esta visita da presidente Dilma Rousseff àquele país. Ainda que o atual momento não seja dos mais adequados, foram feitos todos os gestos, pois dois países importantes nas Américas não poderiam continuar com suas relações tão mornas como nos últimos anos. Há que se reconhecer que o vice-presidente Joe Biden foi um importante articulador desta visita.

Um título da matéria de Sérgio Lamucci e Leandra Pires no Valor Econômico parece adequado para o que está acontecendo: “Aproximação entre o Brasil e EUA avança mais do que esperado”. Ainda que não tenha sido marcado por acordos espetaculares, o que importa é que estão se estabelecendo entendimentos seguros para o futuro.

Ambos os países assumiram compromissos ambiciosos na área do clima, ainda que não se tenham todos os detalhes das formas pelas quais o Brasil efetuará o reflorestamento de 12 milhões de hectares até 2030, além de chegar ao desmatamento zero. Os dois países esperam chegar a 20% de fontes renováveis de energia, além da geração hidroelétrica. Isto deve marcar a posição estimuladora de ambos os países nos entendimento internacionais, assegurando o sucesso das reuniões na próxima reunião em Paris até o final do ano.

O Brasil deve perseguir, até meados de 2016, entrar no Global Entry, facilitando aos viajantes pré-cadastrados nos Estados Unidos, o que só foi admitido para a Alemanha, México, Canadá, Coreia do Sul, Holanda e Panamá. E também se anunciam avanços na defesa, na ciência e tecnologia, no comércio e na educação profissionalizante, num momento em que o país enfrenta muitas dificuldades e precisa contar com respaldos das grandes potências.

Na entrevista à imprensa de Dilma Rousseff e Barack Obama em Washington, o presidente norte-americano reafirmou o reconhecimento do Brasil como um parceiro confiável e de importância global, além do papel que vem exercendo regionalmente. Nas visitas que ainda serão feitas, espera-se a melhoria do clima para o intercâmbio tecnológico e o fortalecimento das tendências para maior uso dos mecanismos de mercado, pois havia uma interpretação do exagero das intervenções governamentais no Brasil, principalmente nas relações com alguns vizinhos.

Espera-se que esta visita aos Estados Unidos reforce os esforços do Brasil para a ampliação de sua participação em entendimentos bilaterais e em blocos, que estão se disseminando pelo mundo e ameaçavam isolar o país. O saldo da viagem parece ser muito acima das expectativas que existiam.



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