Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Necessidades Prioritárias da Educação Executiva

17 de julho de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

clip_image001O suplemento especial do jornal Valor Econômico informa sobre as preocupações da formação dos executivos no Brasil atualizados com os usos dos novos instrumentos disponíveis como os relacionados com o uso da internet. Mas existem outras tendências em países como Cingapura onde os problemas de gestão e execução das tarefas são considerados prioritários.

SUTD – Singapore University of Technology and Design, nas novas instalações

O suplemento especial publicado pelo jornal Valor Econômico enfatiza a preocupação de diversos cursos brasileiros destinados à formação dos executivos nos conhecimentos das novas possibilidades proporcionadas por meios como a internet, o que parece legítimo. Mas poderia se indagar quais seriam os problemas prioritários que estariam afetando a eficiência da economia brasileira e nem sempre estas atualizações seriam as mais importantes, havendo dificuldades de gestões e execuções eficientes dos projetos que muitas vezes são interrompidos ou consomem mais tempo do que previsto para a sua execução.

Uma experiência que vem sendo implementada no SUTD – Singapore University of Technology and Design, sobre o qual já se tratou neste site, vem mostrando que, além das aulas convencionais, o que se enfatiza é a execução de tarefas, absorvendo as técnicas japonesas conhecidas como “monozukuri”, ou seja, executar as coisas.

Os alunos são desafiados com a apresentação de um problema, com as limitações existentes na realidade, como um orçamento determinado e tempo para a execução de uma tarefa, para ele apresentar uma solução que acaba sendo discutido numa reunião multidisciplinar. Em vez de aulas convencionais são oferecidos laboratórios com a disponibilidade de componentes, com o desafio de produzir, por exemplo, um telefone celular num tempo limitado.

O que vem afetando muitas vezes economias como as brasileiras são as dificuldades de execução eficiente de muitas tarefas, além das gestões para que sejam conseguidas com o aumento das produtividades. Muitos projetos são interrompidos pelo não atendimento de algumas das condições para a sua efetivação ou não se consegue a melhoria constante de sua produção, de forma competitiva com outros países.

Costuma se dizer que o papel aceita tudo e os projetos podem ser bem elaborados, inclusive com o uso de computadores. Mas eles são virtuais, com dificuldades para serem transformados em realidades, quando costuma se descobrir outras limitações que não foram previstas.

Os executivos precisam contar com capacidade criativa para resolver os problemas que surgem nestas execuções, que não dependem somente dele como de equipes que os auxiliam, que também podem sofrer imprevistos não esperados, como doenças de alguns deles.

Se não houver uma coordenação adequada, nem sempre todas as condições necessárias podem ser atendidas, por um eventual atraso no fornecimento de alguns dos componentes essenciais. Com o mundo globalizado, onde muitos componentes são produzidos em locais diferentes, já houve casos como o do acidente de Fukushima que afetaram a produções em outros países.

A capacidade de improviso, onde os brasileiros costumam apresentar amplas possibilidades, podem minorar ou resolver alguns dos problemas que costumam ser usuais na realidade, inclusive de natureza política.

As realidades costumam ser mais complexas que todas as possíveis de serem imaginadas no campo virtual, exigindo tempo, que nem sempre é adequadamente calculado, com folgas para acomodar os mais variados incidentes.



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