Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

O Brasil e a Copa da América

1 de julho de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

clip_image002Já expressei neste site a minha admiração pelas considerações que Tostão vem efetuando na sua coluna na Folha de S. Paulo, revelando uma lucidez como o futebol que praticava.

Médico e ex-jogador é um dos heróis da conquista da Copa de 1970. Afastou-se dos campos devido a um problema de descolamento da retina. Escreve às quartas-feiras e aos domingos na Folha de S.Paulo.

Encontro uma grande identidade do que penso sobre o futebol brasileiro com o que expressa Tostão na sua coluna. No artigo de hoje, ele aponta as múltiplas razões para a queda deste esporte praticado no Brasil, expressando que ninguém isoladamente vai resolver o problema.

Ele afirma que o futebol brasileiro está doente há muito tempo, de corpo e alma, e o choque tomado com a humilhante derrota para a Alemanha não está conseguindo que medidas sejam tomadas para a sua recuperação. Haveria necessidade da ação de um grupo de profissionais especializados, independentes e competentes, dentro e fora do campo.

A primeira mentira é que o Brasil produz craques em cada esquina e haveria necessidade de reconhecer a evolução dos adversários, observando o que se pratica no Barcelona, no Real Madrid, no Bayern e outros times da Europa, principalmente. Segundo a opinião dele, o futebol que se joga no Brasil atual é de segunda divisão.

Ele se refere de forma elegante ao técnico da seleção, Dunga, que seria como usar um técnico da série B, sem passar por trabalhos intermediários, sem mencionar que ele não fez nenhum curso para se capacitar, nem treinou equipe alguma antes de chegar misteriosamente à seleção, junto com outros dirigentes de duvidosas formações. Não basta ter sido um jogador.

Na parte técnica e tática, afirma que se vive de lances isolados, sem haver um jogo coletivo. Sobre a seleção atual, ele informa com muita autoridade que os volantes avançam na marcação, e os zagueiros ficam muito atrás. Ele aponta a carência de um atacante excepcional à frente de Neymar e de outro meio-campista, que atue bem de uma intermediária à outra.

Ele aponta também a doença de alma, que precisa de ajuda psicológica. E afirma que o prestígio e a marca do futebol brasileiro ainda são valiosos, como afirmamos neste site, acima da qualidade técnica e emocional dos atuais atletas. Diante da pressão normal, muitos enfrentam crises histéricas, como ocorreu muitas vezes, jogando bem abaixo do que sabem. Ele aponta estes desequilíbrios desde Ronaldo, que teve uma convulsão ou uma síndrome de conversão psicomotora, conhecida como piti (Tostão é médico), e que acabam se repetindo com frequência mais recentemente.

Pode-se acrescentar que muitos destas limitações vêm desde as categorias de base. Enquanto outras seleções, até da América do Sul, estão avançando e melhorando a olhos vistos, quando muitos jogadores também estão em final de temporada na Europa como muitos brasileiros.

Argentina, Colômbia, Chile, Peru e muitos outros estão jogando também com suas limitações, mas muito melhor que os brasileiros, dando vergonha assistir ao que está sendo praticado até pela seleção brasileira. Parece conveniente aumentar o intercâmbio dos técnicos com os países que estão praticando hoje o melhor futebol, que vai continuar a se aperfeiçoar, como está ocorrendo nem outros esportes, com melhorias consideráveis nos preparos físicos, intensos treinamentos e jogos coletivos.



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