Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

The Economist Sobre a Dilma e a Visita aos EUA

3 de julho de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

clip_image002A revista inglesa de repercussão internacional, The Economist, publicou uma matéria equilibrada sobre o Brasil na sua tentativa de voltar as atenções para o exterior, com a viagem da presidente Dilma Rousseff aos Estados Unidos.

Dilma Rousseff e Barack Obama concedem entrevista

Ainda que esta viagem de Estado tenha sido adiada diante das espionagens promovida pelas agências de inteligência dos Estados Unidos, que não se restringiu a Dilma Rousseff, mas atingiram também autoridades europeias, Barack Obama procurou evidenciar a importância que dá ao Brasil como um líder mundial, apesar dos problemas enfrentados no momento.

A revista ressalta que, além de problemas políticos e econômicos, cuidou-se também das mudanças climáticas visando sensibilizar outros países sobre as decisões que devem ser tomadas em Paris, em novembro próximo. Sobre o restabelecimento das relações diplomáticas dos Estados Unidos com Cuba, reconheceu-se a contribuição brasileira.

A reunião em Washington foi precedida pelos contatos com os empresários em Nova Iorque, pois o Brasil está necessitando de seus investimentos para os projetos de infraestrutura. Depois da capital dos Estados Unidos, o programa estendeu-se ao Vale do Silício para enfatizar os problemas dos avanços tecnológicos indispensáveis.

A questão da importância do comércio internacional para o Brasil acabou merecendo destaque, principalmente diante da formação de blocos de livre comércio e a queda das exportações brasileiras à China. A revista faz uma referência, que parece errônea, atribuindo à ministra Kátia Abreu uma tendência protecionista, quando ela vem procurando contribuir com a produção agropecuária para a sustentação da economia brasileira.

O artigo chama a atenção que as iniciativas dos Estados Unidos no comércio internacional deixam o Brasil à margem. Mas reconhece que o Brasil procura intensificar novamente seus contatos externos, incluindo a China, cujo primeiro ministro Li Keqiang procura ampliar os financiamentos para infraestrutura. No incremento do comércio, observa que está contando com o apoio do ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira.

Com os europeus, o Brasil vem procurando motivar o Mercosul a estabelecer entendimentos, procurando contatos com Angela Merkel, falando-se também numa viagem ao Japão. Mas, para isso, é preciso resolver os problemas com os estaleiros japoneses relacionados com o pré-sal.

A revista refere-se ao desgaste da presidente, mas observa que a mesma tendência de prioridade dos relacionamentos estrangeiros também faz parte das preocupações de outras personalidades brasileiras.



Deixe aqui seu comentário

  • Seu nome (obrigatório):
  • Seu email (não será publicado) (obrigatório):
  • Seu site (se tiver):
  • Escreva seu comentário aqui: