Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Um Relatório Mais Otimista Sobre o Aquecimento Global

8 de julho de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

Um artigo publicado por Pilita Clark, publicado no Financial Times, trata de um relatório elaborado por 28 executivos, economistas e figura políticas mostrando uma posição mais otimista sobre a possibilidade de conciliar o desenvolvimento econômico com o controle do aquecimento global.

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Quadro constante do artigo publicado pelo Financial Times

Este trabalho teria sido encomendado pelo ex-presidente do México, Felipe Calderón, e mostra-se muito mais otimista do que os trabalhos publicados até hoje, devendo influir nas próximas reuniões das Nações Unidas que devem tratar do assunto.

As razões para este otimismo são os preços voláteis do petróleo, que, após uma recuperação nos últimos meses, acusou uma nova redução com a crise provocada pela Grécia. Também estariam influindo as sensíveis reduções das energias renováveis, notadamente de origem do aproveitamento solar.

Até 96% das reduções de emissões necessárias para evitar o aquecimento global para 2030 estariam assegurados se os governos adotarem as recomendações efetuadas neste relatório. Os estudos vão contra a ideia convencional que seria demasiadamente caro para os países desenvolvidos combater as alterações climáticas.

Em termos globais, os custos dos sistemas de energia solar caíram 75% desde o ano 2000 e os custos dos seus armazenamentos em 60% na última década. Isto os estaria tornando competitivos com os gerados pelos combustíveis fósseis. Algo semelhante estaria ocorrendo com as energias de origem eólicas.

Ao mesmo tempo, as quedas dos preços do petróleo estimularam as reformas dos subsídios ao consumo de combustíveis fósseis, que foram estimados em US$ 548 bilhões nas economias emergentes e em desenvolvimento em 2013. Estima-se que o preço do petróleo vai continuar volátil, enquanto as energias limpas são mais resistentes às oscilações.

Um dos autores do relatório, Michael Jacobs, afirmou para o Financial Times que os números mostram maiores potenciais. O relatório estimula as cidades e os países a aumentarem a eficiência energética, que podem gerar economias cumulativas de US$ 18 trilhões até 2035, o corte de transportes poluentes e maiores investimentos em energia limpa.

Existem medidas simples para aumentar a eficiência energética, como o polimento das hélices dos navios com maior frequência, e revestimentos dos cascos dos navios com material resistente ao entupimento. Os transportes poderiam proporcionar economias médias de US$ 200 bilhões anuais, até 2030, estima o estudo.

Países, como o Brasil, que não têm se preocupado muito com as economias de energia, agora podem ser despertados, na medida em que suas tarifas estão se elevando.



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