Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Próximo do Milagre na Educação Privada de Baixo Custo

7 de agosto de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Educação | Tags: , ,

clip_image002Se o artigo não estivesse publicado no The Economist, que apesar de ter um viés pelas atividades privadas goza de elevada credibilidade, eu não acreditaria no que estava lendo. Escolas privadas de baixíssimo custo estão conseguindo melhores resultados dos que as públicas em alguns países pobres.

Foto que ilustra matéria publicada no The Economist

A longa matéria publicada no The Economist informa que em alguns países muito pobres, escolas privadas primárias de baixo custo estão conseguindo resultados que o setor publico não conseguiu. Em países como a Nigéria e em alguns outros países africanos, bem como em asiáticos, como a Índia ou Paquistão, ou no Chile, o Banco Mundial está constatando o quase milagre que algumas instituições estão conseguindo. Evidentemente, os interesses dos pais, que gastam um pouco dos seus recursos para estes cursos, e o seu empenho na melhoria das condições dos seus filhos parecem influir de forma decisiva.

Algumas ajudas externas estão ocorrendo, com estudos conjuntos do Banco Mundial e da Universidade de Harvard que avaliam o que está sendo feito. Também ocorrem interesses como o do Bridge International Academies com a ajuda do CEO do Facebook, Mark Zucherberg, e de Bill Gates, da Microsoft.

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Tabela constante do artigo do The Economist traz os gastos dos pais com a educação, mostrando a elevada parcela na educação privada mesmo nos países mais pobres

A leitura completa da matéria em inglês pode ser acessada no endereço  http://www.economist.com/news/briefing/21660063-where-governments-are-failing-provide-youngsters-decent-education-private-sector. Ela pode melhorar a compreensão deste fenômeno apontado, ainda que seja complexo.

Muitos fatores devem estar influindo em situações diversas em diferentes países. A simples generalização do assunto não é recomendável, sendo indispensável pesquisas mais profundas de cada caso. No entanto, são indícios promissores que devem preocupar os educadores.

No Brasil, muitos dos jovens interessados em progressos sociais, notadamente em níveis superiores, estão frequentando cursos pagos, como os noturnos ou pela internet, mesmo que estejam trabalhando e arcando com despesas. Tudo sugere que estes cursos, por serem pagos, acabam interessando aqueles que os encaram como investimentos.



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